A autonomia dos carros elétricos sempre causou dúvida por causa das inúmeras formas de medição do alcance. Falamos um pouco sobre um novo padrão para o Brasil aqui no WM1 no começo deste ano.
Agora é oficial. Foi divulgada pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) uma nova portaria com atualizações e requisitos para a avaliação e medição de consumo e emissões de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).
O que muda, na prática, é que os dados de autonomia e eficiência energética divulgados pelas montadoras nos sites, redes sociais e materiais publicitários dos carros elétricos e híbridos serão os mesmos da tabela do órgão. Os fabricantes de veículos eletrificados têm até 30 de setembro para se enquadrar nas novas regras.
O novo padrão para os carros elétricos adota o mesmo procedimento da agência ambiental dos Estados Unidos, a Environmental Protection Agency (EPA). Ou seja, aponta uma redução de 30% em relação ao resultado obtido em testes de homologação, segundo a norma SAE J1634. Por isso, o resultado difere bastante do ciclo global WLTP, amplamente divulgado.
Vale ressaltar que a nova metodologia foi adotada porque o Inmetro entende que, na vida real, os carros elétricos têm desempenho bem diferente do aferido nos testes das fabricantes, que sempre são realizados em condições controladas - principalmente na autonomia. Além disso, o Inmetro bota nos cálculos o uso de ar-condicionado e outros equipamentos elétricos dos carros, que também consomem a bateria do veículo.
É bom lembrar que as marcas divulgam a autonomia dos seus veículos de acordo com o padrão que elas consideravam melhor. Muitos fabricantes usam o WLTP, comumente adotado na Europa e que mistura testes de rodagem de rua e de laboratórios, enquanto outros adotam o padrão chinês, que é o ciclo mais "otimista" e que indica os maiores alcances.
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