Coisa de uns cinco anos atrás, o controle eletrônico de estabilidade ainda era algo impensável para o grosso do mercado automotivo brasileiro. Mas a legislação, e mesmo os testes do Latin NCAP, mudaram esse panorama. O equipamento de segurança passou a ser obrigatório em todos os projetos novos de veículos no país desde 2020 e hoje poucos modelos não têm o item.
Originalmente batizado de ESC (Electronic Stability Control) e popularmente conhecido como ESP (Electronic Stability Program, nome patenteado pela Bosch), o controle de estabilidade seria exigido em todos os veículos vendidos no Brasil a partir de janeiro de 2022. A pandemia fez com que o governo estendesse a obrigatoriedade para a partir de 2024.
Por esta razão, alguns automóveis compactos ainda não oferecem o ESC/ESP de série. Importante frisar que o item de segurança ativa pode evitar a perda de controle do veículo por parte do motorista e impedir - ou reduzir o risco de - acidentes. Confira os carros que ainda não têm controle de estabilidade.
As antigas gerações do Onix e do Prisma são carros que ainda não têm controle de estabilidade e nem vão ter. É que os veteranos hatch e sedã compactos deixarão de ser produzidos, uma vez que o velho motor 1.0 Família I da GM não ajuda muito nas novas normas de emissões do Proconve, assim como as vendas baixas - representam menos de 10% do total da gama Onix.
As opções de entrada da linha compacta da marca italiana não dispõem do equipamento de segurança. O controle de estabilidade só é oferecido no Argo a partir das versões 1.3 - ou seja, as variantes com motor 1.0 ficam sem o dispositivo.
Na gama do sedã, o ESC/ESP só aparece como item de série na Drive 1.3. Só que, no caso do hatch, as variantes 1.0 e Drive 1.0 podem receber o controle de estabilidade como opcional, em um pacote de R$ 770, que inclui o assistente de subida em rampas.
A insistente multivan compacta resiste no mercado em duas versões e, mesmo com preço de mais de R$ 130 mil, é um dos carros que não têm controle de estabilidade. Só que o mini furgão dará adeus (para valer) e sairá de linha em 2022, o que encerrará duas décadas de história no país.
Mais um veterano da Fiat que não deve chegar ao final de 2022, e que está na lista de carros que não têm controle de estabilidade. Negociado em apenas duas versões, com emplacamentos em baixa - a maioria, no modo de venda direta -, e com motores 1.0 e 1.4 Fire que não ajudam muito nas médias de emissões exigidas pelo Proconve, o sedã é outro que se despedirá sem nunca ter tido ESC.
O carro mais barato da Fiat é negociado em três configurações de acabamento sem o controle de estabilidade. Há uma expectativa de que o subcompacto da marca italiana receba o equipamento de segurança, o que deve ocorrer a partir da linha 2023.
O crossover compacto também não dispõe de controle de estabilidade, mas só em sua versão de entrada Allure - a topo de linha Griffe recebe o equipamento. Produzido em Porto Real (RJ), o 2008 deve ser substituído por um novo SUV até 2024.
O carro mais barato do país não tem controle eletrônico de estabilidade em nenhuma de suas quatro versões disponíveis. Contudo, na remodelação que o subcompacto vai sofrer em 2022, o Kwid vai ganhar o equipamento.
Em novembro, a Renault enxugou a linha Sandero, que passou a ter uma versão solitária de acabamento. Porém, o hatch compacto continuou sem ESC de série. O equipamento só aparece na linha Stepway, mas a marca francesa trata o aventureiro como um modelo separado.
A veterana dupla compacta da Volks fecha a lista de carros que não têm controle de estabilidade. O Gol passará a ser vendido em apenas duas versões no ano que vem, já que a variante intermediária com o velho motor 1.6 EA111 sai de cena. Já o Voyage deixará de ser produzido em 2022. O hatch da marca alemã será substituído em 2024, por uma nova gama de SUVs.