Verdade que nos anos 1990, com a flexibilização na importação de automóveis ao Brasil, quase tudo foi experimentado em termos de carros e marcas.
Muitos modelos foram verdadeiras aventuras aqui, mas, mesmo com o mercado amadurecido, alguns automóveis passaram - e ainda passam - despercebidos pelo país.
Seja por erro de posicionamento, design que não caiu no gosto, motor fraco ou mesmo problema de distribuição na rede, não faltam exemplos de carros vendidos no Brasil que ninguém lembra.
Mas nós não deixamos eles caírem no esquecimento total: preparamos uma lista com dez destes veículos que talvez você já tenha visto - e ainda encontra alguns à venda.
Ainda com a Daimler-Chrysler recente, a marca começou a trazer o sedã médio-grande para cá em 2002.
Importado em versão única, a LX, usava um motor V6 de 203 cv de potência, tinha suspensão traseira independente e era o mais sofisticado modelo da empresa no país até então.
Mas só teve só 18 unidades vendidas em 2002 e deixou de ser comercializado no ano seguinte.
Esse até durou bom tempo, mas ninguém lembra. O sucessor do Clarus (outro modelo pouco popular) chegou em 2006, mas pecava pelo próprio posicionamento.
Queria brigar com os sedãs médio-grandes com design bastante controverso e com motor 2.0 de 145 cv - a categoria, no entanto, já era dominada por opções V6.
Sedã mais sofisticado e luxuoso da marca sul-coreana - tinha até frigobar -, foi importado pelo Grupo Caoa por pouquíssimo tempo.
Tinha pretensão de brigar com os sedãs maiores de marcas premium (como Mercedes-Benz Classe S, BMW Série 7, Audi A8 etc) e apostava no preço de R$ 320 mil. Obviamente não foi feliz na tentativa.
Outro que durou quatro anos, passou até por uma reestilização, mas poucas pessoas o guardam na memória. E olha que o cupê da marca francesa era dono de um design incrível, sedutor e único.
A proposta esportiva esbarrava no motor turbo de 165 cv, o mesmo de algumas versões do hatch 308. Importado da Áustria, era um carro de nicho e vendeu bem pouco em seus quase quatro anos por aqui.
Esse sedãzão parecia uma espaçonave quando surgiu no Brasil em 2007 e tinha requinte do nível de marcas premium alemãs, como Mercedes, Audi e BMW.
O problema era convencer esses clientes a desembolsarem, na época, R$ 200 mil pelo luxuoso sedã da Citroën. Usava motor 3.0 V6 de 210 cv e no ano seguinte passou a ser oferecido só sob encomenda. Durou até 2009.
Marca e carro que pouca gente deve lembrar. Em março de 2014, o Grupo Gandini (que importa a Kia) lançou o sedã EC7 para brigar entre os compactos e iniciar a representação da Geely no país - meses depois viria o subcompacto GC2, aquele que parece um ursinho panda.
Não deu nada certo. Em abril de 2016, as vendas da empresa foram encerradas. Sabe quantos EC7 foram vendidos nesses dois anos? Somente 473.
Em 2009, a Volkswagen "virou no Jiraya" e lançou de uma vez só no Brasil o Tiguan, o Passat CC e o Eos, um estiloso cupê-conversível importado de Portugal.
Era produzido sobre a base do Golf V (que não foi vendido no Brasil) e equipado com motor 2.0 turbo de 200 cv e câmbio de dupla embreagem com seis marchas. Mas foi o menos famoso do trio, com singelas 118 unidades emplacadas em apenas um ano.
Em fevereiro de 2008, a Renault resolveu começar a importar da França a versão maior e com sete lugares de sua minivan compacta.
Só que o modelo europeu já estava uma geração à frente da Scénic produzida no Paraná desde 1998, o que evidenciou a defasagem do monovolume brasileiro. Em 2009 ela deixou de ser vendida.
A marca sul-coreana também é pouco conhecida, apesar de ter vendido uma variada lista de carros = entre eles a esquisitona picape com nome de academia - Actyon Sports.
Mas o carro mais misterioso da marca é o XLV. Ficava posicionado entre SUVs compactos e médios. Seu nome é uma sigla para Exciting Lifestyle Vehicle (“veículo para estilo de vida empolgante”), mas não empolgou nem um pouco e sequer vingou 12 meses.
A marca sul-coreana, incorporada pela GM, gozou de relativo sucesso nos anos 1990 e teve no Espero um dos carros mais vendidos.
Porém, a empresa também trouxe modelos dos quais só os vendedores das concessionárias devem lembrar, como o Leganza.
O sedã médio-grande usava motor 2.0 de 133 cv e começou a ser vendido em 1997, mas só no ano seguinte passou a vir com caixa automática de quatro marchas. Em 1999, deu adeus.