Entre todos os lançamentos e modelos apresentados pela Honda durante o EICMA, em Milão, a nova CB 650R, certamente, é a aposta que mais mexeu com as expectativas dos japoneses. Com inspiração clara na clássica família CB dos anos 1970 e detalhes puxados da irmã maior recém-lançada no Brasil, CB 1000R, a nova naked chama a atenção.
Não deve ser difícil para você lembrar de uma certa Hornet. Tirando toda essa gourmetização, o papo sobre café racers e a moda dos capacetes abertas com barbas tratadas com pomadas à mostra, a nova CB 650R poderia muito bem sinalizar o renascimento desse clássico. Força para isso ela tem. No novo motor de 649 cc vem com 95 cv, quase 10 cv a mais do que no que era usado na já conhecida CB 650F. E o mesmo que equipa a também recém lançada Honda CBR 650R, substituta da CBR 650F.
Fora o novo motor, a naked será vendida com suspensão Showa de 41 mm invertida e pinças de freio de quatro pistões, na dianteira. As rodas são de 17”. Para fazer companhia ao bom nível de equipamentos, a marca também oferece controle de tração e embreagem deslizante no câmbio de seis marchas.
A moto chega para fazer companhia, também, ao resto da família que atende pelo nome Neo Sports Café: CB300R e CB125R. Todas usam conceitos interessantes de design como o tanque alongado, guidão alto e o farol arredondado; item que tem feito a alegria dos designers de todas as marcas dispostas a fazer alguma releitura.
A Honda CB650R, porém, ao contrário de modelos como Ducati Scrambler e Triumph Bonneville, consegue se apresentar como algo, realmente, neoclássico. Apesar dos itens citados que remetem aos anos 1970, há traços futurísticos como os bancos quadrados, a chapa lateral do tanque com cortes 3D e desenhos de LED por toda a parte. Fora o novo painel de LCD com conta-giros redondo e indicador de marchas.
A Honda não confirma, mas é bem possível que a moto chegue ao Brasil ano que vem, durante o Salão Duas Rodas.
Informações de Ícaro Bedani, Milão, Itália.