Poucas marcas, como Ferrari e Lamborghini, continuam fiéis ao motor V12 naturalmente aspirado nos seus modelos mais caros e potentes, enquanto fabricantes como a Aston Martin começam a turbinar seus carros de 12 cilindros – caso do novíssimo DB11, que traz sob o capô um V12 de 5,2 litros biturbo desenvolvido pela Mercedes-AMG, com 608 cv de potência e velocidade máxima de 322 km/h. Isso sem contar o Bugatti Chiron, com seu W16 de oito litros, que usa quatro turbos para alcançar os 1.500 cv.
Pois a Ferrari, no que depender do chefão Sergio Marchionne, nem cogita turbinar seus motores de 12 cilindros em “V”. Em entrevista para a publicação britânica “Autocar”, o CEO da montadora italiana classificou como uma “insanidade” colocar turbos em um motor tão grande.
Segundo ele, os próximos V12 da marca do cavalo empinado terão propulsão híbrida, utilizando motor elétrico para maior desempenho – e também para atender a legislação europeia para emissões de poluentes, que está cada vez mais rígida.
Mas, segundo Marchionne, o foco principal será mesmo a “performance nas pistas” e a Ferrari já tem um carro combinando motor elétrico associado a um V12 aspirado: a LaFerrari, que rende absurdos 963 cv de potência combinada, com máxima de 350 km/h e aceleração de zero a 200 km/h em sete segundos.