Fernando Calmon: Spin 2025 evolui e consome menos

Monovolume da marca norte-americana ganhou um novo visual e mais equipamentos de série para brigar com C3 Aircross

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Fernando Calmon
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Único monovolume em produção no Brasil, a Chevrolet Spin recebeu o maior número de modificações desde seu lançamento, em junho de 2012. Esse mercado tem encolhido em razão do avanço dos SUVs. No ano passado foram vendidas 20.316 unidades e a Chevrolet detectou que esse volume pode ser mantido ou até aumentar um pouco com as mudanças. Não será missão fácil porque o Citroën C3 Aircross também oferece versões de cinco e sete lugares, embora tenha proposta diferente.

A frente totalmente redesenhada deu uma boa rejuvenescida no conjunto (o capô elevado chama atenção) e na parte traseira as lanternas estão maiores, além da nova tampa do porta-malas. Este, aliás, manteve-se imbatível: 162 litros (sete lugares) e 553 litros (cinco lugares). Os faróis e as lanternas de LED são de série, algo impensável 10 anos atrás em carros de volume.

2025 Chevrolet Spin 012 Fgd 7039
A Chevrolet Spin 2025 ganhou novo design e mais equipamentos de série
Crédito: Divulgação
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No interior o destaque é a central multimídia de 11 polegadas (que inclui wi-fi nativo e espelhamento sem fio dos aplicativos de navegação), com boa resolução e integrada ao quadro de instrumentos de oito polegadas. Este tem um ícone que aponta a distância em segundos do carro à frente. O celular esquenta menos durante carregamento por indução graças a um pequeno fluxo de ar-condicionado.

O alerta de colisão frontal com detector de pedestre e a frenagem autônoma de emergência são opcionais, assim como o sistema OnStar de assistência remota em acidentes e outros serviços mediante assinatura.

Os materiais de acabamento estão melhores. Nos dois descansa-braços dianteiros é possível encaixar telefones celulares. Agora são seis airbags e os de cortina alcançam a terceira fileira. No banco traseiro os espaços para pernas, ombros e cabeças continua muito bom e o acesso à terceira fileira de bancos (rebatíveis) é razoável. O volume do porta-malas na versão de cinco lugares é o maior do mercado (553 litros), e com sete lugares ainda há 162 litros.

A traseira também mudou, mas não trouxe tantas novidades quanto a dianteira
Crédito: Divulgação
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O motor de aspiração natural tem projeto antigo: nasceu no Corsa 1.6 litro de 1995 como Família 1 e, mais adiante, passou para 1.8 litro. Contudo, recebeu agora central eletrônica de última geração. Manteve os mesmos números de potência e torque: 111(E)/106 (G) cv e 17,7 (E)/16,8 (G) kgf.m, respectivamente.

Ficou até 11% mais econômico com os dois combustíveis para se enquadrar nas exigências da legislação. A versão de entrada têm câmbio manual de seis marchas, enquanto na intermediária e na topo de linha o câmbio é o automático epicíclico de seis marchas.

Durante a primeira avaliação, entre São Paulo e Ibiúna (SP), notei que o desempenho não mudou. Quando totalmente carregado, o Spin certamente exigirá cautela maior nas ultrapassagens. O vão livre do solo aumentou para melhorar ângulos de entrada e saída, porém as bitolas foram alargadas: boa solução de compromisso para o comportamento em curvas.

Preços: R$ 119.990 (LT manual), R$ 126.990 (LT automático), R$ 137.990 (LTZ automático) e R$ 144.990 (Premier automático).

A central multimídia com tela maior e o painel de instrumentos digital são duas novidades
Crédito: Divulgação
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Mustang GT 2025 mais adequado ao mercado brasileiro

No ano em que comemora seis décadas de lançamento do icônico modelo americano, a Ford lança a versão GT Performance em substituição à Mach 1. O carro está em pré-venda e as primeiras unidades serão entregues em junho por R$ 529.000 - cerca de 8% menos que a versão anterior.

O melhor Mustang já fabricado desde 1964? Muitos acreditam que sim
Crédito: Divulgação
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Uma das características marcantes desta sétima geração continua sendo o vistoso aerofólio traseiro. Há mudanças nos faróis, no capô e nas clássicas lanternas traseiras. A grade do radiador ficou maior. Uma modificação feita na linha do teto facilita a entrada e a saída do cupê de quatro lugares, em especial quando o motorista estiver com capacete num autódromo. São novos os painéis externos da carroceria.

No interior, o quadro de instrumentos (12,4 polegadas) e a tela multimídia (13,2 polegadas) integram-se em uma única peça. Android Auto e Apple CarPlay podem ser espelhados sem fio e há carregador de celular por indução. São cinco modos de condução e quatro para o som do escapamento. De modo remoto é possível ligar o motor e até dar algumas aceleradas a distância.

O motor é um V8 de aspiração natural, com 5.0 litros, que entrega 488 cv (mais 5 cv) de potência e 58 kgf.m de torque. A aceleração de zero a 100 km/h permaneceu em 4,3 segundos. A suspensão adaptativa tem quatro opções de ajustes com sistema de detecção automática de buracos, algo muito útil no Brasil para diminuir impactos sobre rodas e pneus (255/40 R19 na dianteira e 275/40 R19 na traseira).

No Mach 1, só havia freios a disco Brembo nas rodas da frente (atrás, eram discos comuns), e no GT a marca italiana também está nas rodas traseiras.

Permanece o sistema exclusivo de travamento apenas nas rodas dianteiras, enquanto as traseiras “queimam” o asfalto para pré-aquecer os pneus. Não convém abusar, pois os pneus são bem caros.

O interior do Mustang consegue misturar passado, presente e tecnologia de maneira muito interessante
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Trinta anos da Audi no Brasil

Ao comemorar três décadas no mercado brasileiro, a Audi relembrou a iniciativa do tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna, que importou as primeiras unidades antes da instalação oficial da marca alemã no Brasil 30 anos atrás.

Em 1999, inaugurou a fábrica em São José dos Pinhais (PR), construída em parceria com a Volkswagen, onde produziu primeiramente o A3 até 2006, quando encerrou as atividades industriais.

Em 2015 voltou à atividade fabril com o A3 sedã e, no ano seguinte, com o Q3. Em 2020, nova interrupção em razão do fim de incentivos do programa federal Inovar-Auto - que, na verdade, não honrou os compromissos anteriores. Em 2022, decidiu montar kits CKD, no Paraná, dos modelos Q3 e Q3 Sportback.

A Audi completou 30 anos no Brasil, e apresentou produtos bem interessantes
Crédito: André Deliberato/WM1
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Agora, no trigésimo aniversário de atuação no País, a Audi anunciou nova parceria com a Senna Brands, exibiu o Fórmula 1 que marcará sua volta às pistas em 2026 (já esteve nos anos 1930, como Auto Union), importará uma série específica de apenas 15 unidades da incrível station RS 6 Avant Legacy (V8 de 4.0 litros, com 630 cv, zero a 100 km/h em 3,4 segundos) e mostrou o protótipo do SUV elétrico Audi Q6 e-tron.

BYD ampliará sua rede de recarga de elétricos

A indústria automobilística ao redor do mundo continua a investir em carros elétricos. Porém, sabe que sem uma infraestrutura bastante robusta de recarga as dificuldades de aceitação do produto serão maiores. E em um país de dimensões continentais, como o Brasil, esse entrave torna-se ainda mais sensível.

Por isso, a BYD anunciou que vai ampliar sua oferta de recarregadores. O anúncio foi feito durante um evento que reuniu em São Paulo (SP) empresas também interessadas em investir no segmento, como Raízen Gera, Shell Recharge e Tupinambá, entre outras. A novidade apresentada pela marca chinesa é o modelo batizado de Grid Zero.

Este equipamento é acoplado a uma bateria de alta capacidade, que armazena energia do grid (rede elétrica comum) e administra durante a recarga de um veículo o uso combinado dos dois sistemas. A BYD não informou o preço do Grid Zero, mas lançou um aplicativo grátis que permite a localização de estações de recarga por todo o País.

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Ressalva: Na coluna da semana passada, motor Diesel da picape Titano é de origem Fiat. Antes da formação da Stellantis, cogitou-se de usar na Landtrek um motor Peugeot.

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