Cinco anos depois, o Renault Captur sai de cena

Opção sofisticada ao Duster, SUV enfrentou vendas discretas e dificuldades logísticas, e não está mais no site da marca

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Roberto Dutra
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O Renault Captur foi lançado no mercado brasileiro como opção de utilitário mais sofisticado, logo acima, do Duster. Mas nunca conseguiu, efetivamente, ser um sucesso de vendas. Agora, cinco anos depois, o modelo deixa o mercado da mesma forma que chegou: discretamente.

Neste período, as vendas do Captur tiveram dois anos de pico, mas com volumes proporcionalmente discretos dentro do consolidado e há anos ascendente segmento de SUVs. Foram 13.742 unidades no ano de lançamento, em 2017, 26.506 unidades em 2018 e 28.663 em 2019. Mas esse número caiu para 10.872 em 2020, para 8.306 em 2021 e para apenas 304 este ano, até setembro.

Captur: apesar do design vistoso, o "Duster de luxo" não conseguiu emplacar no mercado brasileiro
Crédito: Divulgação
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Segundo a Renault, a aposentadoria do Captur por aqui também foi motivada pela falta de insumos para sua produção. É que o nosso Captur usava componentes importados da Rússia, onde o carro é vendido com o nome de... Kaptur! E, como sabemos, o conflito russo com a Ucrânia atrapalha as exportações - em logística e por causa de sanções econômicas, que levaram fábricas a encerrar as operações no país.

Nesta última linha, de 2023, o Captur era oferecido em três versões, com preços entre R$ 142.990 e R$ 164.190, todas com o mesmo motor 1.3 turbo de 170 cv que permanece presente no Duster e na picape Oroch.

O modelo sai de cena sem deixar substituto, mas não por coincidência isso acontece justamente quando a Renault apresenta o Kardian - o próximo SUV que venderá por aqui, com chegada prevista para março do ano que vem.

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