Conheça cinco curiosidades sobre o trânsito chinês

De personalizações de mau gosto à uma frota com várias marcas desconhecidas; as curiosidades do gigante país asiático

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Evandro Enoshita
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Nossa recente viagem para o oriente foi para conhecer de perto a Zeekr e seus automóveis que desembarcam em breve no mercado brasileiro. Mas como jornalista e apaixonado por carros, foi impossível não prestar atenção no trânsito da China e na bizarra fauna automotiva local.

Lamento se você estava esperando ver fotos de bicicletas rodando por largas avenidas. Em cerca de vinte anos, a nação foi de um país quase sem carro à maior fabricante de automóveis do mundo.

Só em 2023, os chineses produziram mais de 30 milhões de automóveis e veículos comerciais. Esse volume é mais de dez vezes maior que o da indústria brasileira no mesmo período.

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Cinco coisas impressionantes no trânsito da China

Confira a seguir os cinco pontos que mais me impressionaram no contato que tive com o trânsito e a frota de veículos chineses nas cidades de Xangai e Hangzhou.

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Cadillac XT5 é um ocidental espremido entre modelos de marcas chinesas
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1. Voyah, Aion, Avatr

Parece até que estou fazendo uma oração para alguma divindade asiática, mas essas são apenas algumas das marcas desconhecidas de veículos presentes na China.

Boa parte dos carros que circulam atualmente pelas ruas, avenidas e estradas de lá são modelos de marcas criadas pela indústria local. É preciso um olhar atento para caçar os automóveis de marcas tradicionais - sejam elas japonesas, americanas ou europeias.

Uma explicação para essa particularidade é o consumidor: faz pouco tempo que automóveis fazem parte da vida das famílias locais.

Logo, eles são menos ligados a marcas e mais racionais na compra. Ou seja: se um carro chinês for mais barato e equipado que um concorrente premium europeu, eles certamente escolhem o produto local. Algo que muitos brasileiros não fariam.

O lendário Shanghai Santana, cria da Volkswagen, que hoje é uma raridade nas ruas chinesas
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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2. Carros novos e enormes

A região de Xangai está entre as zonas urbanas mais ricas do mundo. E isso é visto justamente na frota de veículos, cheia de carros novinhos e de automóveis ocidentais premium e/ou de luxo.

Botando na conta os veículos comerciais, boa parte dos automóveis têm menos de dez anos. Até mesmo carros relativamente novos, como o Ford Fiesta de sexta geração e o Citroën C-Quatre - que eram produzidos por lá nos anos 2010 -, são mais raros de se ver.

Um dos primeiros carros ocidentais feitos na China, o lendário Shanghai Volkswagen Santana é, como dizem alguns antigomobilistas, uma mosca branca. Vi menos de cinco exemplares em uma semana por lá. E apenas um deles foi digno de foto.

Lá na China carros com placas verdes são usadas para serem identificados como híbridos ou elétricos
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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3. Híbridos e elétricos são... o presente

Está vendo essa placa verde na foto acima? Ela é usada para identificar os automóveis eletrificados. Os elétricos e híbridos tem se tornado mais populares nas ruas brasileiras, mas ainda estão longe da popularidade das ruas chinesas, onde é bem comum encontrá-los. Inclusive, rodando como táxis.

Além do fator ambiental, um ponto que explica essa presença maciça dos eletrificados está no custo de registro. É que as placas de veículos a combustão são emitidas em tiragem limitada e vendidas em leilão, atingindo com frequência preços estratosféricos e quase equivalentes ao preço de um carro. Sim, só o direto de uso da placa.

Diferentemente do caso dos carros elétricos, cujos donos não precisam pagar pela placa do veículo. Até o ano passado, o benefício era concedido também a compradores de automóveis híbridos.

As ruas e avenidas tem até placas em inglês, mas os motoristas ainda fazem certas bobeiras
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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4. Sem medo de ser feliz

Ouvi muitas histórias sobre o trânsito local antes de ir. Mas nada te prepara para o choque que é vivenciar de perto o tráfego chinês. As ruas e avenidas são impecáveis e bem sinalizadas. Inclusive com informações em inglês.

Mas os chineses não têm medo ou vergonha de fazer barbaridades no trânsito - como se fossem a coisa mais natural do mundo. Ou seja: fique atento a conversões proibidas e carros tentando entrar na contramão. Ou motos cruzando nos locais mais improváveis.

Aliás, os chineses também têm menos vergonha de usar a buzina do que nós, brasileiros. E isso se torna bem cansativo depois de um tempo...

Diz aí: qual é o sentido disso?
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5. Tuning questionável

Quem não gosta de personalizar o seu carro? Pois os chineses levam isso a um extremo que desafia o bom gosto.

Lá é muito comum ver carros com bibelôs grudados no painel ou adereços questionáveis instalados até em modelos luxuosíssimos, como carros da Bentley e os Mercedes-Maybach.

Duvida? Isso aí na foto de cima é um Mercedes-AMG GT 4 Portas Coupé. Reflita com a gente: o que leva uma pessoa a colar uma asa de frango e o emblema KFC todo torto na tampa do porta-malas?

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