A gente não gosta de chamar carro X ou Y de feio. Até porque beleza é algo extremamente relativo e subjetivo. Mas é fato que existem veículos com desenho polêmico - ainda mais entre os sedãs.
Curiosamente, o segmento de entrada de carros com três volumes no Brasil é das maiores fontes de visuais controversos já registrados. Apesar disso, muitos desses modelos (já usados) são ótimas compras.
Foi por isso que elencamos abaixo cinco exemplos de sedãs "estranhos", mas que são excelentes de se ter na garagem até hoje. Lembra de outro? É só deixar no campo de comentários!
Tinha que começar com o sedã que talvez mais se encaixe nesse perfil. A primeira geração do Nissan Versa vendida por aqui, feita sobre a plataforma do March, era no mínimo estranha.
O visual da frente não encantava. O da traseira ainda menos. Mas a cabine, espaço interno e o porta-malas oferecidos eram seus super-trunfos.
O carro é muito bom nesse aspecto. E além disso ainda tem motores e caixas de câmbio confiáveis e de manutenção com preço interessante. Hoje em dia, faz muito sucesso no mercado de usados.
Outro modelo com o mesmo perfil de ser polêmico no visual e bom de mercado é o Chevrolet Cobalt, que teve estilo controverso nas duas abordagens de design que recebeu durante sua vida no Brasil.
O primeiro tinha frente inspirada na do Agile - e isso já diz tudo. A traseira era quadradona, mas ok. Depois veio um segundo, com desenho mais sinuoso e frente inspirada em uma linguagem de design mais atual.
Apesar disso, o carro nunca deixou de oferecer o que pretendia: espaço, bom conjunto mecânico e serviços de confiança com bons preços. Nasceu em 2011 e deixou de ser vendido em 2020.
Outro bom carrinho que tinha visual não tão agradável era o Toyota Etios Sedan, vendido no Brasil de 2012 a 2021. A frente era a mesma do hatch - não tão simpática, mas também não tão estranha.
A traseira era onde estava a polêmica - em qualquer uma das carrocerias. Para ser sincero, existiu até uma configuração que representava o hors concours da linha Etios em termos de controvérsia, a Cross, mas isso não vem ao caso neste momento.
O Etios Sedan era bom de se ter, seja na versão com motor 1.3 ou na mais forte, com conjunto 1.5. Era econômico, bem ajustado e muito, mas muito espaçoso. E o porta-malas era um absurdo: tinha 562 litros, um litro a menos do que o Chevrolet Cobalt.
A primeira geração do Renault Logan - que curiosamente veio antes do hatch Sandero, um de seus irmãos de plataforma - era bem estranha, para não dizer confusa.
O visual era quadradinho e robusto demais para o que existia no país até então - na época, os sedãs compactos existentes eram Chevrolet Prisma (com base no Celta), Fiat Siena e Volkswagen Voyage, entre outros.
Apesar disso, o carro era um tanque de guerra. Até hoje tem fãs espalhados pelo Brasil que curtem o estilo mais simples da primeira geração, o que remete a um custo de manutenção barato e "raíz".
A segunda fase do Logan, que durou de 2014 a 2023, trazia um desenho mais refinado e caprichado, embora a proposta de carro compacto com espaço generoso continuasse a mesma.
Mais um sedã feito em base de hatch, o Tiida era um pouquinho mais premium do que os quatro citados até agora - e também um pouco menor, já que seu projeto era mais antigo.
O visual era diferente do que existia na época e também bastante controverso. A frente era a mesma do Tiida, enquanto a traseira era claramente um improviso. Mas o carro era bom. O interior era ótimo.
O Tiida Sedan é equipado com motor 1.8 de 126 cv - o mesmo da Livina -, câmbio manual de seis marchas e direção com assistência elétrica. O porta-malas era de 467 litros.