Conheça as partes básicas de um motor

Veja as principais peças e os componentes fundamentais que dão vida ao coração do automóvel.

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Redação WM1
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O motor é o coração de um carro. Mais que isso, ele é a alma da máquina. Graças a ele, você pode afundar o pé no acelerador e ir de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos em alguns casos – e essa é uma das sensações mais incríveis que um automóvel pode proporcionar.

Escondido sob o capô, o propulsor é uma obra genial da engenharia que está presente em nosso dia a dia. De dois ou quatro tempos, com um ou 12 cilindros: nós amamos os motores.

A maioria esmagadora deles são a combustão interna. Como o nome diz, a queima de combustível é feita internamente, transformando energia térmica em energia mecânica. Existem tipos diferentes, como Ciclo Otto - gasolina, etanol ou flex -, e Ciclo Diesel. Para entender exatamente como funciona um motor, é preciso destrinchá-lo e observar a função de cada parte.

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Por isso, antes de tudo, vamos conhecer as principais peças de um motor a combustão:

Quais são as partes do motor?

Bloco

É a maior parte do conjunto e sustenta todos os outros componentes. Sua composição pode ser feita de ferro fundido ou alumínio.

Bloco de motor: estrutura de ferro fundido ou alumínio pode ser de quatro cilindros em linha como na foto acima
Crédito: iStock
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O bloco determina a disposição (“em linha”, “em V”, “cilindros opostos” – boxer -, “rotativo” – Wankel) e número dos cilindros (1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 16) – onde ocorre a combustão. O bloco também possui câmaras de lubrificação e arrefecimento - a água ou a ar, dependendo da aplicação.

Dentro do bloco, os componentes mais importantes são os pistões, bielas e virabrequim.

Pistão

É o responsável pelo movimento de expansão e compressão dos gases. Tem formato aproximadamente cilíndrico (acreditem, ele não é cilíndrico) e sua composição é de ligas de alumínio.

Os pistões se movem dentro dos cilindros
Crédito: iStock
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Pode ser de cabeça reta, no caso de motores de ciclo Otto, ou com câmara de combustão em seu topo (ciclo Diesel). Ao seu redor há dois tipos de anel: o de vedação e os de lubrificação. O pistão é interligado à biela através de um pino central.

Biela

Bielas (e balanceiros) de um motor:  componente de aço forjado liga o pistão ao virabrequim
Crédito: Divulgação
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A parte que liga o pistão ao virabrequim. Utiliza em sua composição aço forjado. É dividida em três partes: cabeça, corpo e pé, sendo que a cabeça está ligada ao pistão por meio do pino e o pé está ligado ao virabrequim mediante um material antifricção chamado de bronzina.

Virabrequim

Virabrequim faz os pistões e as válvulas trabalham de modo correto e sincronizado
Crédito: Virabrequim
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Também chamado de árvore de manivelas, é composto por aço forjado ou fundido. É formado por dois tipos de mancais: “excêntricos”, ligados às bielas, e “de centro”, que sustentam o virabrequim ao bloco. Também são chamados de “colo de biela” e “colo de mancal” no meio de oficinas e retíficas de motores.

Cárter

Tem a função de depósito para o óleo lubrificante do motor, localizado na parte inferior do bloco. Normalmente é composto de chapa dura prensada.

O cárter é o responsável por armazenar o óleo lubrificante do motor
Crédito: DIvulgação
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Há também modelos que utilizam cárter seco, que não fica acoplado ao bloco. Nesses casos, o lubrificante é armazenado em um reservatório à parte, que leva o óleo até o motor por meio de uma bomba de pressão. Normalmente, motores de alta performance são equipados com esse tipe de cárter – o motor Fivetech do Fiat Marea, tem cárter seco.

Cabeçote

O cabeçote controla a passagem de ar e combustível para dentro dos cilindros. Fica localizado na parte superior do bloco e é acoplado com o uso de parafusos ou prisioneiros, sempre com uma junta entre as peças. Normalmente é composto pelo mesmo material do bloco.

Dentro do cabeçote ficam as válvulas de escape e admissão. O acionamento das válvulas é feito pelo comando, um eixo com elevações que fazem o movimento sincronizado das válvulas. O movimento do virabrequim é transmitido pelo eixo de comando de válvulas por meio de engrenagens e correias – normalmente a correia dentada.

Cabeçotes  controlam a passagem de ar e combustível para dentro dos cilindros
Crédito: Divulgação
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Na maioria dos casos, no entanto, o comando fica no cabeçote mesmo. Ele pode ser simples (SOHC – sigla para Single Overhead Cam, normalmente para motores com 2 válvulas por cilindro) ou duplo (DOHC, Double Overhead Cam, para motores com 4 válvulas por cilindro).

Em motores mais modernos, existe também a transmissão por corrente, que substitui a correia dentada e tem vida útil maior, exigindo a troca com, no mínimo, 100 mil quilômetros. Há ainda o comando acoplado ao bloco (OHV – sigla para Overhead Valve), mas o uso desse tipo já é raro em motores modernos.

Exceção

Quebrando um pouco a regra dos modelos citados acima, existem modelos SOHC com 4 válvulas por cilindro, caso do Honda Civic 1.8 16V, por exemplo. Como também existem modelos DOHC com 2 válvulas por cilindro, como o 2.0 8V que equipa os Fiat Tipo e Tempra 2.0.

Agora que entendemos as partes brutas que compõem o motor, em nosso próximo artigo partiremos para o conceito de cilindrada e como o conjunto funciona.

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