Daimler e Waymo vão construir caminhão autônomo

Gigante alemã se une a subsidiária da Alphabet, dona da Google, para produzir veículos com nível 4 de condução autônoma

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Marcus Celestino
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A Daimler, gigante da indústria automotiva mundial, anunciou parceria com a Waymo para a construção de caminhões autônomos. Esta é a primeira vez que a Waymo, subsidiária da Alphabet, dona da Google, atuará na seara de serviços de frete.

Segundo comunicado divulgado pela Daimler, os caminhões terão nível quatro de condução autônoma. O pesado a receber tal tecnologia será o Cascadia, da Freightliner, marca que pertence à Daimler.

Daimler e Waymo, duas gigantes, se juntaram para produzir caminhões autônomos
Crédito: Divulgação
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<em>"Esta parceria complementa a abordagem de estratégia dupla da Daimler Trucks, de trabalhar com parceiros fortes para fornecer soluções L4 autônomas que são perfeitamente integradas com nossos melhores caminhões.” - Martin Daum, Presidente do Conselho de Administração da Daimler Trucks. </em>

Os caminhões serão equipados com o Waymo Driver. O sistema integrado composto de sensores complementares desenvolvido pela subsidiária da Alphabet dá ao veículo maior compreensão dos arredores a fim de que ele navegue com mais segurança por áreas com muitos obstáculos, sejam eles pedestres, ciclistas ou quaisquer outras coisas que representem uma ameaça.

“Junto com a Daimler, (iremos trabalhar) para melhorar a segurança nas estradas e a eficiência logística nas rodovias do mundo", ressaltou John Krafcik, CEO da Waymo. Ele acrescentou que a companhia, na hora de selar a parceria, foi seduzida pelas capacidades de engenharia e pelo amplo portfólio de caminhões da empresa alemã.

Freightliner Cascadia virá com nível 4 de condução autônoma
Crédito: Divulgação
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À TechCrunch, Boris Sofman, diretor de engenharia da Waymo, salientou que "não existem muitos motoristas" disponíveis no mercado norte-americano hoje. Não à toa, Waymo, Daimler e outras gigantes da indústria investem pesado na condução autônoma.

O tema ainda gera certo melindre entre a comunidade de motoristas. Muitos acreditam que postos de trabalho serão fechados justamente por causa da condução autônoma. Evidente que empresas de tecnologia fazem lobby, e dizem o contrário.

Em 2018, a Uber divulgou pesquisa na qual dizia que as oportunidades de trabalho na área aumentariam até 2028. Para a empresa, a condução autônoma incentivará o crescimento do setor que, por conseguinte, precisará de mais profissionais.

Nível quatro de condução autônoma

De acordo com diretrizes da Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE), veículos que têm nível 4 de condução autônoma são capazes de se "autoconduzir" com segurança, "mesmo se um humano não responder adequadamente a uma solicitação para intervir”.

Chrysler Pacifica é utilizado como serviço de transporte autônomo nos EUA; modelo tem o Waymo Driver
Crédito: Divulgação
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O nível SAE 4 precisa de uma estruturada rede de internet das coisas. Sensores e câmeras fornecem dados ao sistema, que cruza as informações com o serviço de navegação disponível. Dessa forma, o veículo pode reduzir, encostar ou estacionar sozinho em um local seguro.

No caso dos Freightliner Cascadia autônomos, a capacidade de "autocondução" será limitada. Segundo a Daimler, não haverá necessidade de motorista humano apenas em áreas predefinidas. A empresa alemã não divulgou uma data de lançamento dos veículos. Se restringiu a dizer que estarão nas ruas "já nos próximos anos".

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