Dois meses atrás falamos por aqui sobre uma possível eletrificação da linha Challenger e Charger, porém ainda sem data oficial. Temos uma nova notícia: será em 2024 que veremos o nascimento desse novo conceito de muscle cars, com muita eletricidade envolvida. Mas engana-se quem achou que o Charger fosse virar um SUV para encarar o Ford Mustang Mach-E. Muito pelo contrário.
"Muscle Culture" é a coluna de André Deliberato (@andredeliberato no Twitter e no Instagram) no WM1, portal de notícias da Webmotors, que traz curiosidades, notícias e informações sobre uma das mais tradicionais filosofias de carros norte-americanas dos anos 1960 e 1970, mundialmente conhecida e representada pelos muscle cars.
O mundo dos aficionados por muscle cars vivia em especulações e tentativas de furos de reportagens atrás de informações sobre os futuros Charger e Challenger até a Stellantis, hoje a empresa que dita as regras e comanda as ações da FCA, dona da Dodge, revelar um vídeo em que mostra um esboço de como será o Charger elétrico, confirmado recentemente para ser lançado em 2024.
A confirmação veio da própria marca, por meio de Tim Kuniskis, CEO da Dodge, que lançou até um trocadilho: "If charger can make a Charger quicker, we are in". Ou seja, "Se um carregador pode fazer um Charger ser mais rápido, estamos dentro". Vale lembrar que "Charger" é "carregador", em inglês, e que isso pode significar uma série de brincadeiras com o nome do carro futuramente.
Kuniskis ainda tira onda. O executivo também afirmou que a Dodge não quer vender somente carros elétricos, mas sim "eMuscle cars", já que acredita que ainda exista uma forte presença de possíveis clientes para esse tipo de automóvel. A fé do executivo está na geração chamada "millennial" - ou "geração Y" -, que são pessoas de 25 a 40 anos totalmente adeptas ao uso de novas tecnologias.
O ponto é que se o Charger não vai virar um SUV, como muitos sites norte-americanos suspeitavam, o modelo pode automaticamente ocupar o lugar do Challenger, que atualmente é o muscle car "oficial" da empresa - isso porque o Charger vendido lá fora, hoje, é um sedã.
Há futuro para o Challenger? Difícil prever. Mas pode ser que, curiosamente, o nome decida como será o futuro elétrico da empresa. "Charger" é algo muito mais permissivo e fácil para que possam ser feitas ações de marketing com o uso do nome. "Challenger" - "desafiador", em inglês - também não é ruim, mas aparentemente, por ora, não tem lugar na futura linha de muscle cars elétricos da empresa.
Quem sabe, no meio deste caminho até 2024, não surja um conjunto eletrificado - como um sistema híbrido, por exemplo - para que já comece a se criar uma ponte rumo a este novo tipo de realidade?