O BYD Dolphin Mini já é uma ameaça concreta para os hatches a combustão quando analisamos apenas as vendas no varejo e descartamos as vendas diretas, aquelas com foco em locadoras, frotistas e clientes PcD (Pessoas com Deficiência). Em março, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o subcompacto elétrico da marca chinesa emplacou mais que Fiat Argo e ficou muito próximo do Hyundai HB20.
Com 2.414 veículos comercializados no mês passado, o Dolphin Mini foi o 11º carro mais vendido do Brasil no varejo, ficando logo atrás do HB20, décimo colocado, com 2.610 emplacamentos, e à frente do Argo, que com 1.818 exemplares novos emplacados foi somente o 16º no geral - levando em consideração automóveis de passeio e veículos comerciais leves, vale destacar.
O Polo e o Onix ficaram um pouco mais distantes da ameaça do pequeno BYD. O modelo da Volkswagen foi o quinto carro mais comercializado no varejo em março com 3.761 exemplares, e o da Chevrolet foi o sétimo, com 2.961.
Quando olhamos para o acumulado do ano neste formato de venda (varejo), nos três primeiros meses de 2025 o Dolphin Mini soma 6.409 emplacamentos, o que garante ao BYD a 12ª posição no geral. Neste cenário o hatch subcompacto importado da China ainda fica atrás do Polo, terceiro colocado com 10.876 emplacamentos; Onix, sétimo com 9.755 unidades comercializadas; e HB20, nono com 8.695 carros emplacados no período.
O Argo, que em março surpreendeu a todos e foi o segundo carro mais emplacado do Brasil levando em consideração a soma das vendas diretas e das vendas no varejo, ficando atrás somente da Fiat Strada, aparece só na 19ª colocação com 5.330 unidades comercializadas, exatamente o mesmo número da Fiat Toro.
A boa colocação do Dolphin Mini no varejo se deve a fatores estratégicos de cada marca. Com produção local e grandes volumes, Volkswagen, Chevrolet, Hyundai e Fiat têm nas vendas diretas, e não no varejo, o principal objetivo para seus hatches. A BYD, por trazer o Dolphin Mini importado da China, tem um número muito mais restrito de unidades para ofertar no mercado brasileiro, então opta pelas vendas no varejo, que são mais lucrativas.
Para se ter uma ideia, nas vendas diretas o Argo foi o segundo carro mais comercializado, com 6.429 emplacamentos; o Polo foi o quinto com 4.512; o HB20 o sétimo com 3.512; e o Onix o nono com 2.787 unidades emplacadas em março. O Dolphin Mini registrou somente 18 vendas diretas.
Quando afunilamos a análise somente para os carros 100% elétricos, o BYD Dolphin Mini reina absoluto no varejo com seus 2.414 emplacamentos em março. Seu irmão maior, o Dolphin, aparece na segunda posição com 796 unidades comercializadas, uma diferença impressionante de 1.618 exemplares, o que mostra claramente o domínio do veículo de entrada da BYD no Brasil.
O Dolphin Mini é o modelo de entrada da BYD no mercado brasileiro. Desde o início de 2025, o preço parte de R$ 118.800 na opção para quatro pessoas, e de R$ 122.800 na versão para cinco ocupantes.
O subcompacto tem apenas 3,78 metros de comprimento, 1,72 metro de largura, 1,58 metro de altura, e até interessantes 2,50 metros de distância entre os eixos. O porta-malas tem capacidade para 230 litros - não é muito, mas está em sintonia com as dos demais hatches.
O BYD Dolphin Mini é 100% elétrico. Nas duas configurações o conjunto motriz é o mesmo: um motor dianteiro que gera 75 cv de potência e 13,8 kgf.m de torque. A bateria de 38 kWh proporciona autonomia de 280 quilômetros. A tração é dianteira.
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