Era diferente dos propulsores 1.0 e 1.3 Endura das demais versões, que rendiam apenas 50 cv e 60 cv, respectivamente. Esse motor a gasolina vinha emprestado do irmão maior e dava ao hatch compacto um comportamento muito mais arisco.
O quatro cilindros entregava sua cavalaria máxima numa faixa interessante de giro. Era aos 5.500 rpm, enquanto o torque máximo de 14,2 kgf.m vinha no meio, aos 3.000 rpm.
Casado com uma transmissão manual de cinco marchas de engates curtos e com um peso leve de 930 quilos, só 19 quilos a mais que as demais versões, o modelo acelerava com vigor. O zero a 100 km/h era feito em 10,8 segundos e a velocidade máxima era de 186 km/h. Imagine chegar aí com um carro levinho... O destaque maior estava na dinâmica. Com as medidas enxutas da primeira geração do Ka, como entre-eixos curto de 2,44 m e balanços dianteiro e traseiro curtos, o modelo surpreendia nas curvas e deixava qualquer um com sorriso no rosto nas retas.
Visual de bom gosto
Além da mecânica e do desempenho, o modelo também adicionava alguns elementos estéticos ao simpático visual de "joaninha". O para-choque dianteiro tinha tomadas de ar nas extremidades do local da placa, e a grade era frisada.Nas laterais, as rodas de liga leve de 14 polegadas tinham design exclusivo e combinavam com as saias. Atrás, o modelo tinha spoiler e ponta de escape cromada. Depois da linha 2002, o modelo ainda sofreu alguns ajustes no visual dianteiro, que adotou o para-choque das demais versões.
Por dentro, o modelo tinha volante de dois raios revestido com furinhos e rádio com entrada para CDs de série. Era uma lista bacana para um modelo que custava R$ 22 mil à época do seu lançamento - R$ 2 mil a menos do que a Volkswagen cobrava no contemporâneo Gol Sport 1.0 Turbo.
O KA XR seguia a receita para um carro empolgante. O modelo tinha motor forte, dinâmica louvável e visual de bom gosto. Com isso, era, de fato, uma versão #Fast.
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