A divisão esportiva Fiat Abarth deixou sua marca em alguns modelos vendidos no Brasil ao longo dos últimos 20 anos. Atualmente presente na linha Pulse, a marca do escorpião também é lembrada pelo toque de "veneno" que deu no subcompacto 500, também conhecido como "Cinquecento". Vendido por aqui entre 2014 e 2015, o modelo entregava potência coerente com seu visual incrementado.
Foram vendidas poucas unidades do 500 Abarth por aqui - apenas 942 unidades. Mas isso nada tinha a ver com a capacidade do modelo. O subcompacto tinha motor quatro cilindros 1.4 16V turbo, movido somente a gasolina, que rendia até 167 cv de potência a 5.500 rpm e 23 kgf.m de torque a 2.500 rpm.
Os números davam ao pequeno escorpião de módicos 1.164 quilos uma relação peso/potência muito boa, de 6,97 quilos para cada cavalo de potência. Equipado com câmbio manual de cinco marchas, o modelo acelerava de zero aos 100 km/h em apenas 6,9 segundos, enquanto a velocidade máxima era de 214 km/h.
Além disso, o modelo se valia das suas formas compactas para também garantir uma dinâmica empolgante ao volante. Os balanços dianteiros e traseiros curtos do 500 permitiam que ele fizesse curva como poucos. A suspensão ajustada pela Abarth também era mais firme que a usada nas versões convencionais.
A versão apimentada também era maior que as outras em comprimento (3,67 m contra 3,55 m). O tamanho extra se devia aos ajustes mecânicos feitos no motor 1.4 MultiAir que, que por ganhar um turbocompressor parrudo precisava de um radiador maior.
No visual, o "Cinquecento" da Abarth tinha para-choque esportivo, saias laterais, rodas com aros de 16 polegadas, retrovisores pintados de preto e para-choque traseiro exclusivo com escape duplo. Aliás, as ponteiras davam um tom especial ao ronco do motor instalado no pequenino.
Os emblemas da marca do escorpião também estavam por toda parte: na dianteira, lateral e também na traseira. Por dentro, o modelo tinha a marca no volante, e os bancos ganhavam acabamento em couro com costuras vermelhas. O tom também estava nas saídas de ar no volante e em detalhes do painel digital de instrumentos.
A lista de mudanças dava um toque bem especial à versão do subcompacto. Com essas mexidas, fica fácil botar o 50 Abarth no lado #Fast da nossa disputa do #Fast ou #Fake. Uma pena o modelo ter vendido tão pouco por aqui.
À época de seu lançamento, os preços do 500 Abarth, que era importado, tornavam o carro bem exclusivo. O modelo custava R$ 79.300, enquanto as demais versões, como o 500 Cabrio, custavam R$ 56 mil.
É claro que o modelo entregava não só o desempenho superior, como também um bom nível de equipamentos - com painel digital, rádio com USB e Bluetooth, sete airbags (frontais, laterais, cortina e joelho do motorista), controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e piloto automático.
Atualmente o modelo é raridade, mas pode ser encontrado no estoque da Webmotors com preços variando entre R$ 95 mil e R$ 218 mil.