O Hyundai Veloster ficou marcado na memória dos amantes das quatro rodas. Quando foi lançado, em 2011, chegou prometendo desempenho esportivo à altura do visual bacana e do nome cheio de pompa. Mas, no fim das contas, não entregava a potência esperada, e o caso até foi parar na justiça.
A potência anunciado era de 140 cv. Mas, na prática, era de 128 cv. Aquém do esperado para um modelo que devia entregar uma condução arisca e divertida.
Uma pena, até, porque o carro era bem avaliado pelo estilo, pelos equipamentos e pelo acabamento interno. Mas era um esportivo sem desempenho esportivo.
E o design era realmente bonito. As linhas eram coerentes com a proposta: o hatch tinha vincos aqui e ali, para-lamas saltados e para-choque com uma grade ampla. A ausência da porta lateral traseira esquerda atraía olhares e até combinava com o carro.
Na traseira, as linhas eram bem demarcadas e harmônicas. O vidro traseiro tinha formato pequeno e casava bem com o teto preto de algumas versões. A esportividade ainda era reforçada pelo escape duplo cromado posicionado no centro do para-choque.
Em resumo: de maneira geral, o visual do Hyundai tinha o que se esperava de um esportivo. Mas a mecânica...
Não seria justo dizer que o motor era fraco: o motor quatro cilindros 1.6 aspirado rendia o esperado para sua litragem. O problema é que só alcançava os picos de potência e torque em giros muito altos . Os 128 cv vinham em 6.300 rpm e os 16,1 kgf.m só apareciam nas 4.850 rpm. A força gerada era transmitida às rodas dianteiras por um câmbio automático convencional de seis marchas. Ou seja, nada de câmbio mecânico para que o próprio motorista pudesse "encher" o motor esticando as marchas, ou algo assim.
Combinados, motor e a caixa faziam com que o hatchback de 1.170 kg acelerasse de zero aos 100 km/h em 12,8 segundos. Um índice honesto, mas distante de qualquer expectativa de esportividade — e, portanto, frustrante para quem esperava uma performance à altura do nome e do visual do carro.
Para fins de comparação, o zero a 100 km/h do hatch médio da Hyundai era inferior ao que faziam vários concorrentes contemporâneos, como o Chevrolet Cruze hatch, que levava 11,3 segundos na mesma aceleração.
Com tudo isso, não dá para dizer que o Veloster era um autêntico Fast. Não deixa de ser um carro interessante, inclusive até hoje, especialmente para quem busca um modelo com visual apimentado e bem equipado - mas que não faz muita questão de performance.
Lançado como linha 2012, o Veloster custava elevados R$ 75 mil na sua versão de entrada. Atualmente, o modelo pode ser encontrado no estoque da Webmotors com preços de R$ 48 mil a R$ 79 mil.