Fiat Doblò ganha nova geração e versão elétrica
Stellantis repete estratégia do Peugeot Partner Rapid e transforma furgão da marca italiana em clone de modelo Citroën
A Stellantis revelou na Europa a terceira geração do Fiat Doblò. Produzido na fábrica de Vigo (Espanha), o modelo agora compartilha usa a mesma plataforma do Citroën Berlingo. Para diferenciar o novo modelo do furgão francês, foram feitas apenas leves modificações estéticas no Berlingo, com a adoção de novas calotas, borrachão lateral e grade frontal exclusiva. É a mesma receita usada no Brasil para transformar o Fiat Fiorino em Peugeot Partner Rapid.
Com isso, o novo Doblò deixa de lado os motores de origem Fiat e Chrysler e passa a ser equipado com os blocos da antiga PSA. A opção de entrada é o 1.2 turbo PureTech de três cilindros, que desenvolve 100 cv e é combinado a um câmbio manual de cinco marchas. Mas a linha inclui também um 1.5 diesel de 100 cv (também com câmbio manual) e um 1.5 diesel de 130 cv (com opção de câmbio automático de oito marchas). O Fiat incorpora ainda uma inédita versão elétrica, equipada com motor que rende o equivalente a 136 cv. A bateria tem 50 kWh, e permite ao carro rodar até 278 quilômetros com 1.
Com opção de carrocerias longa ou curta (4,75 m ou 4,40 m), o novo Fiat Doblò leva até 1.000 quilos de carga nas versões diesel e gasolina e 800 quilos na elétrica. Além da versão de carga, o modelo está disponível também em variações de passageiros e de uso misto, para cinco ocupantes. Em termos de equipamentos, sai de fábrica com frenagem autônoma, sistema automático de identificação de placas de sinalização, assistente de manutenção de faixa, Head-Up Display e monitoramento de atenção do condutor.
Uma pitada de história
O Fiat Doblò chegou ao mercado brasileiro em 2001, cerca de um ano depois de seu lançamento na Europa. Por aqui, teve as versões de carga e de passageiros, e também uma exclusiva configuração Adventure, de estética aventureira.
Mas enquanto o europeu passou por uma reestilização em 2005, o Doblò brasileiro permaneceu preso em sua geração pioneira. Apenas em 2009 incorporou o facelift do carro vendido na Europa, que já no ano seguinte estreou em uma segunda geração - esta nunca chegou ao Brasil. A produção local seguiu até o fim de 2021, quando a iminente entrada em vigor do novo padrão de emissões Proconve L7 forçou a Fiat a encerrar a fabricação do modelo na unidade industrial de Betim (MG).