E o novo Ford Mustang acaba de chegar ao Brasil. A marca do oval azul iniciou nessa segunda-feira (25) as vendas do modelo de sétima geração por aqui. Confira a seguir os equipamentos, mecânica e o preço do esportivo.
Lançado em meados do ano passado nos Estados Unidos, este novo Mustang de sétima geração chega ao mercado brasileiro na versão única GT Performance e, mais uma vez, apenas na carroceria cupê.
Evolução do antecessor, o novo esportivo mantém um porte muito próximo ao do antecessor: 4,81 m de comprimento, 1,96 m de largura, 1,40 m de altura e entre-eixos de 2,72 m. Mas a carroceria ficou bem diferente, com linhas mais agressivas e vincadas.
Com uma grade bem avantajada, a frente, por exemplo, me lembra bastante a dianteira dos Mustang Boss do início dos anos 1970. Já o logotipo 5.0 na lateral é uma clara referência ao carro dos anos 1980.
Na traseira, continuam presentes as obrigatórias lanternas com três segmentos. Mas com um desenho mais angulado e setas sequenciais. Ao vivo, o resultado impressiona bastante.
Dá para chamar o esportivo da Ford de último muscle car raiz da face da Terra, já que, diferentemente do novíssimo Dodge Charger, agora eletrificado, o Mustang resiste com uma gama de propulsores 100% a combustão.
Para o carro destinado ao Brasil, a Ford selecionou mais uma vez o tradicional motor 5.0 V8 Coyote, que recebeu algumas melhorias em relação ao carro de sexta geração.
Com a adoção de um novo acerto eletrônico, corpos de borboleta individuais para cada bancada de cilindros, sistema de indução de ar e um escape menos restritivo, o "veoitão" foi a 488 cv de potência e 58 kgf.m de torque. Ganho de 5 cv e 1,3 kgf.m.
Embora isso não tenha refletido em ganhos numéricos em relação ao "antigo" Mach 1, já que o novo Mustang acelera de zero a 100 km/h em 4,3 segundos e chega a 250 km/h (velocidade limitada eletronicamente), a Ford garante que a entrega de potência ficou mais progressiva nesse propulsor atualizado.
A transmissão, por sua vez, não mudou: continua lá o ótimo câmbio automático de dez marchas, assim como a tração apenas nas rodas traseiras. Afinal, tração integral é coisa de esportivo europeu...
Mas a lista de novidades mecânicas do modelo não para por aí. O Ford Mustang de sétima geração mudou para entregar uma pilotagem ainda mais refinada que a do antecessor, que já se destacava nesse ponto.
Os freios traseiros, por exemplo, agora também são da italiana Brembo. Já a suspensão adaptativo Magneride, que utiliza amortecedores com fluído magnético, ganhou nova calibragem e uma nova tecnologia, capaz de prever buracos nas ruas.
Não é feitiçaria. É tecnologia. Explico: usando a rede de câmeras e sensores na carroceria, o carro é capaz de identificar um buraco no caminho do veículo e enviar um sinal para a suspensão, que muda de acerto para minimizar a chance de danos nas rodas e pneus. Quem dera todo carro fosse assim.
São cinco modos de condução (Normal, Esportivo, Escorregadio, Pista e Pista Drag), mas agora é possível configurar vários parâmetros individualmente, numa lista que inclui desde o nível de assistência da direção, a sensibilidade do acelerador e a atuação dos controles de tração e de estabilidade até o acerto da suspensão e o ronco do escape.
Por dentro, os destaques na cabine do novo Mustang são as duas telas flutuantes no painel, sendo uma de 12,4 polegadas para o quadro de instrumentos e uma de 13,2 polegadas para a multimídia.
A inspiração, segundo a Ford, foram os aviões de caça atuais. Mesmo gostando bastante da pegada retrô do sexta geração, o resultado visual das duas telas é impressionante. Tem ótima resolução e animações criadas com a Unreal Engine 3D, plataforma usada normalmente para a criação de jogos de video-game.
Já o espaço interno é típico dos Mustang. Ampla área nos assentos dianteiros e "dá para levar mais alguém" no assento traseiro. Pelo menos o porta-malas é bastante decente: leva 382 litros.
De série, a versão GT Performance do Ford Mustang é equipada com os seguintes itens:
O novo Mustang estreia no mercado brasileiro na versão GT Performance, com motor 5.0 V8 de 488 cv, câmbio automático de dez marchas e tração traseira. O preço do modelo no lançamento é de R$ 529 mil.
São exatos R$ 47.490 a menos que o antigo Mustang. Essa diferença é justificada pela Ford pelo fato de o Mach 1 dos últimos lotes da sexta geração ser uma série especial e ter mais potência que o GT da mesma época.
Vale lembrar que a Ford seguiu exatamente a mesma estratégia quando lançou o Mustang de sexta geração por aqui: veio primeiro com o GT e depois trouxe variações especiais e mais potentes. Será que a história se repetirá?