Você viu aqui no WM1 e em nosso canal do Youtube tudo o que já sabíamos sobre a reencarnação da Ford Ranger Black, a versão mais urbana da picape média - que, justamente por isso, tem tração 4x2.
Faltava o preço. Ele não só surgiu, como também surpreendeu: a versão "escurecida" e de perfil ligado ao público mais citadino custa R$ 219.990, R$ 25 mil a menos do que a - agora antiga - versão de entrada, XL. A gama da picape, portanto, fica da seguinte maneira:
Por esse valor, a Black - a única da gama Ranger com tração 4x2 - se torna opção interessante para quem busca picapes sem considerar tamanho e tem cerca de R$ 220 mil para investir.
Pelo porte e proposta, deve roubar clientes até de quem pensa em comprar as versões mais caras da Fiat Toro, por exemplo.
Calma, mesmo sendo "Black" a picape não precisa ser sempre na cor preta - na linha 2025, pode ter as cores preta, cinza, prata, azul ou até branca.
O que dá o ar mais esportivo à versão são os detalhes em cinza (chamado pela Ford de "bolder gray") espalhados pela carroceria - como rodas, grade, para-choques, santantônio e capas dos retrovisores.
Por dentro, os detalhes também têm esse tom de cinza escuro e a costura dos bancos vêm com a assinatura exclusiva da versão.
A configuração, aliás, vem bem completa, mesmo sendo a nova variante de entrada da picape. Ela tem, por exemplo, quadro de instrumentos digital com tela de oito polegadas personalizável, central multimídia com tela colorida tátil de 10 polegadas com Sync 4, CarPlay e Android Auto sem fio, ar-condicionado digital, entradas USB-A e USB-C e carregador de celular por indução.
Na parte de segurança, a Ranger Black vem com piloto automático (sem ser o adaptativo), câmera de ré, assistente de partida em rampa, sensor de estacionamento, sete airbags, seletor com quatro modos de condução (Eco, Normal, Reboque e Escorregadio) e alarme.
Bem, por ser a nova versão de entrada da linha Ranger, a Black vem equipada com o conjunto mais simples oferecido pelo modelo, composto pelo motor 2.0 Panther de quatro cilindros em linha, que entrega 170 cv de potência e até 41,2 kgf.m de torque, gerenciado por uma caixa de câmbio automática de seis marchas.
A suspensão é independente com amortecedores com batentes hidráulicos na dianteira e por feixes com quatro estágios de carga e amortecedores externos à longarina na parte de trás. Segundo a marca, essa configuração permite um rodar mais confortável e estável, mesmo sem carga.
Com essa preparação, ela pode receber 1.250 litros de volume na caçamba e suporta até 1.031 quilos de carga. Também vem com seis ganchos de ancoragem, degrau de acesso e uma tomada 12 Volts.
Outra coisa: na Ranger Black, a tração é 4x2 traseira. E o foco da versão, como era de se esperar, é no conforto e na economia de combustível.
Segundo a Ford, a picape conseguiu fazer até 10,1 km/l de diesel na cidade e 12,4 km/l na estrada de acordo com a medição oficial do PBEV do Inmetro. Com tanque de 80 litros, a autonomia máxima é boa: 880 quilômetros.
Vale lembrar que falamos de uma picape média com 5,37 metros de comprimento, 1,88 m de altura, 2,21 m de largura e 3,27 m de entre-eixos, cuja capacidade de imersão em água é de 80 centímetros.
A Ford acredita que a nova configuração deve fazer o número de vendas da picape aumentar ainda mais - e quem sabe encostar de vez nos registros da Hilux, a grande líder do segmento das médias.
Para isso, ataca com força em um segmento onde nem mesmo a rival da Toyota atua, já que hoje essa faixa de preço é dominada por modelos como Fiat Toro, Ford Maverick e Ram Rampage, entre outras.
Na opinião do WM1, o tiro da Ford é certeiro: se houver capacidade produtiva para entregar o produto que surge com preço altamente competitivo, os números da Ranger devem crescer ainda mais.