Os primeiros treinos livres começariam nesta quinta-feira, às 22 horas de Brasília - meio dia de sexta-feira no Circuito Albert Park, em Melbourne. Agora as lideranças das F1 estudam com as do Barein se há condições para o seu GP ser realizado. Ele está marcada já para o fim de semana seguinte, de 20 a 22.
Era para ser um fim de semana de festa. O GP da Austrália, em Melbourne, abriria a 71ª temporada da história da F1. Mas foi cancelado durante reunião realizada na madrugada de quinta-feira para sexta-feira, horário australiano.
Motivo: um integrante da equipe McLaren respondeu positivo nos testes de controle do coronavírus. Assim, os cerca de 57 integrantes do time inglês entraram em quarentena espontânea, antecipando-se ao definido pelas autoridades de saúde.
Zak Brown, diretor da McLaren, já havia anunciado a renúncia da escuderia de disputar a etapa de abertura do campeonato.
O diretor técnico da F1 na FOM, Ross Brawn, declarou antes de os cerca de três mil integrantes da competição viajarem da Europa para a Austrália que o GP só seria realizado se todas as dez equipes pudessem ter os seus carros no grid.
A ausência da McLaren reforça que a impressão generalizada de que os demais nove chefes de equipe vão cancelar também o GP de Barein. A quarentena já tirou a McLaren da prova no país árabe.
A história não acaba aí. São elevadas as possibilidades de a F1 não viajar para outra festa há muito sendo organizada, em Hanoi, estreia do Vietnã no calendário, dia 5 de abril. Por enquanto, será a terceira do ano.
Um grande investimento foi feito pelo governo da nação asiática para mostrar ao mundo que o Vietnã é hoje um estado capitalista e em sintonia com os principais acontecimentos esportivos do mundo.
Mas, a exemplo do GP de Barein, o do Vietnã pode não acontecer. “Enquanto o mundo se mobiliza diante dos riscos de uma contaminação global, a F1 veio aqui para a Austrália. Estou em choque”, afirmou, ninguém menos de o piloto seis vezes campeão do mundo, Lewis Hamilton, da Mercedes.
Chase Carey, líder da FOM, e os diretores das equipes, todos representantes de grandes empresas que investem milhões nos seus projetos, devem se sensibilizar com o mencionado por Hamilton, retrato do que se passa no mundo, com o cancelamento de quase todas as competições esportivas de grande porte.
A F1 não pode ir na contramão do que o planeta procura fazer para evitar ainda mais mortes em alta escala provocadas pelo coronavírus. O GP da China, originalmente programado para o dia 19 de abril, já havia sido “adiado”.
Diante desse quadro, será surpreendente se a F1 não abrir a sua temporada com o GP da Holanda, o primeiro na Europa, dia 3 de maio, isso se a pandemia, como definiu a Organização Mundial de Saúde, estiver controlada.
Nas próximas horas, ou dias, saberemos mais do futuro a curto prazo da F1.
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