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Great Wall terá 10 modelos no Brasil até 2025

Plano da marca chinesa é investir R$ 10 bilhões no país para produção de veículos híbridos e elétricos em São Paulo

por Guilherme Silva

A Great Wall Motors (GWM) anunciou nesta quinta-feira (27/01) que investirá R$ 10 bilhões no Brasil para produzir apenas veículos elétricos e híbridos em Iracemápolis (SP). A fábrica no interior paulista foi comprada da Mercedes-Benz no ano passado, após a marca alemã encerrar a produção de automóveis no local em 2020.

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A estratégia da gigante chinesa terá um ciclo inicial de três anos no qual serão aplicados cerca de R$ 4 bilhões para modernizar as instalações da fábrica, trazer novos produtos e, finalmente, iniciar a produção local. “Nossa fábrica será a primeira ao sul dos Estados Unidos a fazer exclusivamente carros híbridos e elétricos”, disse Pedro Betancourt, CRO da GWM Brasil.

De acordo com a GWM Brasil, em Iracemápolis serão produzidos veículos com o que há de mais atual em tecnologia de “classe mundial”. Na unidade também será desenvolvida a célula de combustível de etanol (o derivado de cana-de-açúcar será utilizado para gerar eletricidade).

Com a promessa de gerar cerca de 2 mil empregos diretos e mais 8 mil indiretos, a GWM Brasil pretende faturar de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões já em 2025.



No segundo ciclo, previsto para durar entre 2026 e 2032, a empresa projeta oferecer mais produtos e ampliar a capacidade produtiva da fábrica, para superar as 100 mil unidades anuais estimadas para até 2025. Nessa fase, a GMW Brasil acredita atingir um índice de nacionalização de aproximadamente 60%, além de ter planos de exportar parte da produção.


GWM pretende lançar 10 modelos no Brasil até 2025

Segundo a GWM Brasil, em seu cronograma estão previstos 10 lançamentos no país para os próximos três anos. A marca diz que o primeiro deles será apresentado no último trimestre do ano, anda importado. O primeiro Great Wall feito Iracemápolis (SP) só deve chegar ao mercado no segundo semestre de 2023.

A fabricante adianta ainda que os veículos previstos para o Brasil ainda não existem, pois são as futuras gerações de modelos que serão lançados em primeira mão no país, já adequados ao nosso mercado. Esses veículos serão mostrados pela primeira vez no Salão de Pequim, em abril.

A operação da GWM Brasil começará com SUVs e picapes, inclusive com produtos das submarcas Haval, Poer e Tank (híbridos) e Ora (elétricos), que até já foi registrado no Brasil pela marca chinesa.



A marca chinesa ainda não divulgou todos os detalhes sobre os veículos que pretende fabricar em Iracemápolis (SP), mas revelou que os carros serão oriundos da plataforma modular LMN, que permite produzir modelos de produção elétrica ou híbrida. Todos os carros serão equipados com alerta de colisão com frenagem autônoma emergencial e piloto automático adaptativo. Veículos com direção autônoma também estão nos planos da empresa.

Os modelos híbridos deverão ser equipados com o motor 1.5 turbo (que poderá receber tecnologia flex para rodar com etanol) combinado a um propulsor elétrico cuja bateria de 45 kWh poderá ser abastecida em tomadas e estações de recarga. Esse conjunto pode atingir potência entre 230 cv e 430 cv e torque máximo de 41 kgf.m a 77 kgf.m, de acordo com a aplicação. A marca promete médias de consumo de impressionantes 75 km/l a 208 km/l.

Já a gama de motores elétricos terá cinco configurações de potência (61 cv, 178 cv, 183 cv, 204 cv e 272 cv), alimentadas por baterias de 45 kW a 200 kW. Cada motor atenderá um segmento diferente de veículos.



Great Wall é a 7ª montadora mais valiosa do mundo

A Great Wall Motors é a divisão automotiva da empresa fundada na década de 1980 e que atualmente também atua nos ramos de mobilidade, novas fontes energéticas e de tecnologia da informação. Mundialmente, é a sétima montadora mais valiosa do mundo, à frente de marcas consagradas, como BMW e Ford.

A GWM fornece baterias para vários fabricantes de veículos elétricos e também desenvolve plataformas eletrificadas em parceria com a BMW.

A empresa pretende vender 4 milhões de unidades globalmente até 2025, com 25% das vendas fora da China e faturamento anual de US$ 95 bilhões (mais de R$ 510 bilhões na cotação atual).

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