GWM acredita em carro elétrico nacional em 2026

Grupo multimarcas chinês crê em fabricação de EVs em curto prazo, desde que não haja taxação indevida pelo governo

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André Deliberato
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O Grupo GWM - que, por enquanto, atua no Brasil com as marcas Haval e Ora, mas também deve lançar em breve a divisão Poer de picapes - acredita que será possível fabricar um carro elétrico em solo brasileiro em 2026. A revelação aconteceu em uma apresentação da empresa sobre mobilidade.

Isso, no entanto, só poderá acontecer se o aumento de vendas e a importação de carros totalmente elétricos e híbridos (do estilo plug-in) continuarem crescendo exponencialmente, como acontece hoje em dia, sem que haja taxação exagerada ou indevida por parte do governo - o que, como pede a Anfavea, talvez aconteça.

GWM Haval H6
O tecnológico Haval H6 é um dos modelos já vendidos pela GWM no mercado brasileiro
Crédito: André Deliberato/WM1
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Dessa forma, sem a taxação, até 2025 o mercado de veículos eletrificados poderia atingir 5% de todo o número de veículos vendidos no país.

"Temos dois anos para preparar a infraestrutura da indústria. Quem não investir, a partir de 2026 vai desaparecer. Foi assim que aconteceu em países da Europa, da Ásia e também nos Estados Unidos quando houve essa corrida pela eletrificação", explica Oswaldo Ramos, COO da empresa.

O executivo também fez questão de destacar o compromisso da fabricante em transformar em bicombustíveis os produtos já vendidos por aqui com motorização híbrida (atualmente, os SUVs da Haval). A primeira picape da linha Poer também vai chegar com essa tecnologia, e será híbrida e flex.

Vale lembrar que a GWM, hoje, já tem uma fábrica praticamente pronta para começar a produzir no país, localizada em Iracemápolis (SP) - a mesma que já foi da Mercedes-Benz.

A fábrica da GWM já está prontinha para funcionar. Fica em Iracemápolis (SP) e pertencia à Mercedes-Benz
Crédito: Reprodução
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Ramos também confirmou que a marca estuda trazer ainda a tecnologia de célula de combustível a hidrogênio para cá, por meio de uma recém-comprada divisão chinesa de caminhões.

"O diesel não tem mais investimento global. É um ciclo que está se encerrando. E apesar de ser um tecnologia que está começando a ficar com fábricas ociosas pelo mundo, você manda motorização a diesel importada para o Brasil. A gente fica discutindo aqui taxar carros elétricos e nós estamos importando motores diesel em várias marcas, inclusive veículos que são usados para passeio", destacou Ramos.

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