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Honda Civic 2023 chega ao Brasil e agora é híbrido

Nova geração do sedã de maior sucesso da marca no país vem da Tailândia para bater de frente com o Toyota Corolla Hybrid

por André Deliberato

Depois de muita expectativa, eis o Honda Civic 2023. Um dos carros mais importantes da história da marca, o modelo chega em nova geração, a 11ª de sua história, importado da Tailândia e híbrido.
O alvo, claro, são as versões eletrificadas do Toyota Corolla, seu arquirrival, e clientes das versões mais caras de SUVs médios, como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos, entre outros.
O novo Civic custa R$ 244.900 e virá em versão única de acabamento, a Touring - embora a marca tenha preferido chamá-lo de "Civic híbrido".

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Como é o Honda Civic 2023

Mais sóbrio visualmente, o sedã é claramente inspirado no Accord, lançado por aqui no final de 2021. É mais sóbrio e menos ousado do que o Civic 10, embora não possa ser chamado de feio.
A frente é mais retilínea e tem faróis full-LED, inclusive para luzes de set - até os projetores de neblina são de LED. Os faróis são unidos por uma grade pintada de preto, que é repleta de sensores (do ACC e do assistente de estacionamento) e ligada pelo símbolo da Honda na parte central.
Reparem que o logotipo da marca tem contorno azul, assim como no Accord. Ele indica que o carro é híbrido. Está presente na frente e na traseira.
Confira a ficha técnica do Honda CIvic 2023 no Catálogo Webmotors

Como é o Civic hatch, que testamos na gringa


De lado, o Civic é claramente mais sóbrio e "sério" que o anterior. Tem linha de cintura alta, posição de dirigir mais baixa e rodas de liga leve de aro 17" pintadas de preto bem bacanas. O caimento do teto é levemente "acupezado", mas não como no modelo anterior.
Na traseira, a lanterna me pareceu ter tamanho exagerado, mas não é feia e é mais uma peça que faz parte do novo padrão de DNA estético da empresa.
O nome "Civic" fica do lado esquerdo, no alto, acima da lanterna, enquanto a insígnia "e:Hev", que identifica o sistema de propulsão, fica do lado direito, próximo à região da placa.

Por dentro

No interior, o padrão horizontalizado que vemos do lado de fora continua. Há materiais nobres e muito bem construídos, algo que já era de se esperar para um modelo desse valor.
Mas fica o recado: a Honda quer tentar emplacar o Civic como carro de segmento superior, premium, mas essa tarefa só consegue ser cumprida de fato pelo Accord.
O Civic continua sendo um Civic, ainda que agora ele esteja bem mais caro.
O espaço traseiro é ótimo, afinal o carro cresceu. Agora são 4,68 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,43 m de altura e 2,74 m de entre-eixos - o G10 tinha 4,64 m, 1,80 m, 1,43 m e 2,70 m, respectivamente. Apesar disso, é importante dizer que o volume do porta-malas caiu de 517 litros para 495 litros.

Motor e câmbio

O Honda Civic 2023 é movido por um conjunto que tem um motor 2.0 a combustão de injeção direta, com 143 cv e 19,1 kgf.m de torque, e outro elétrico, com 184 cv e 32,1 kgf.m de torque instantâneo. Esse conjunto eletrificado, chamado de e-CVT, tem dois motores e uma engrenagem.
Apesar de híbrido, os motores não atuam juntos, embora rendam muita energia graças a um seletor de modo de condução, que pode trabalhar de um jeito econômico, um normal ou um esportivo.
Esse conjunto decide, de forma muito rápida por meio de uma programação eletrônica (chamada pela marca de "PCU"), qual é o melhor motor para uma série de situações.
A respostas impressionam. É uma evolução da tecnologia híbrida que o Accord estreou. Já o câmbio é igual ao de carros elétricos convencionais: uma marcha à frente e uma para trás.
A tração é dianteira e o Civic usa suspensão dianteira independente, do tipo McPherson, e traseira independente por multibraços.

Equipamentos

O sedã vem completo, como não poderia deixar de ser. Tem central multimídia colorida e compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, carregador de celular por indução na posição tradicional do painel e quatro entradas USB - duas para os motoristas da frente e duas no espaço traseiro.
Em termos de segurança, são oito airbags, controle eletrônico de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, ganchos Isofix e Top Tether, monitoramento da pressão dos pneus, câmera de ré com três tipos de visão, assistente de ponto cego e ajuste da altura dos faróis, entre outros.
Também vem com chave presencial, freio de estacionamento por botão, ar-condicionado com duas zonas de resfriamento, cluster 100% digital e colorido, bancos de couro, rodas de liga leve de aro 17", porta-copos e porta-objetos nas portas e no console, sistema exclusivo e mais ecológico de limpeza do para-brisa e o esperado teto solar (que não existe no HR-V), entre outros equipamentos.

Outro tem que faz parte da lista é o Honda Sensing, que engloba o sistema de frenagem autônoma de emergência com o de mitigação de evasão de pista; o corretor automático para escapadas de faixa; o ajuste automático do farol alto e o já tradicional controle de cruzeiro adaptativo (ACC).
Outro importante novidade é a integração do novo Civic com o app myHonda Connect, que permite ao motorista se conectar com o carro por aplicativo e realizar uma série de comandos pelo celular.
Vale lembrar que é o Civic que servirá de base (em termos de proposta e equipamentos, nem tanto em relação ao visual) ao ZR-V, o SUV médio da Honda com o qual compartilha a plataforma.
Ele é, portanto, a versão formal, séria e polida do principal modelo da marca. Dizemos isso porque até meados do ano vem a configuração apimentada e esportiva... o tão aguardado Civic Type-R.
O Honda Civic 2023 terá quatro cores: prata e cinza (metálicas) e preto e branco (perolizadas). Nessa última, justamente a que testamos, o interior tem couro claro.

Civic é um dos seminovos mais buscados

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