Honda Hornet: um ícone entre as naked médias

A nova geração, lançada no Salão de Colônia com motor bicilíndrico, repetirá o êxito dos modelos dos anos 1990/2000?

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Roberto Dutra
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O caro leitor pôde ver anteontem, aqui no WM1, os detalhes da nova geração da Honda Hornet, apresentada pela marca japonesa no Salão de Colônia, o Intermot, na Alemanha. A moto ressurgiu com nova roupagem, sintonizada com os tempos atuais, e motorização completamente diferente da usada pela antiga geração, vendida no Brasil entre o final dos 1990 e o início dos anos 2000.

Roadster Honda CB750 Hornet
O visual da nova geração da Hornet tem gerado debates acalorados nas redes sociais. E aí, curtiu ou não?
Crédito: Divulgação
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Mas será que essa nova Hornet conseguirá repetir o êxito das antigas? Bem, só o tempo dirá se o visual "bicudo" e com linhas bem vincadas vai agradar. Desenvolvido em parceria pelo Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda da Itália e do Japão, teve como principal responsável o designer Giovanni Dovis, de apenas 28 anos de idade e que trabalha na base de Roma. Dovis já havia sido o responsável pelo bonito visual do scooter ADV 350.

A nova Hornet tem várias opções de cor. Entre elas, esta com "roupa" branca, quadro vermelho e rodas pretas
Crédito: Divulgação
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Motor ficou menor

E não foi apenas o visual que ressurgiu cercado de certa polêmica - o motor menor também tem gerado debates acalorados nas redes sociais. Sim, a Hornet agora tem motor com dois cilindros em linha - na antiga eram quatro em linha. Mas a capacidade cúbica geral é maior: são 755 cm³ e oito válvulas, que rendem 91,7 cv de potência a 9.500 rpm e 7,6 kgf.m de torque máximo a 7.250 rpm.

O motor nova Honda Hornet é um bicilíndrico de 755 cm³, que rende 91,7 cv de potência e 7,6 kgf.m de torque
Crédito: Divulgação
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Segundo a Honda, o virabrequim a 270 graus e a ordem de ignição irregular, somados ao conjunto de escape, tentam criar uma pulsação semelhante à de um motor “V-Twin”, que apresenta melhor entrega de torque e uma sonoridade muito particular.

A nova geração ainda tem quitutes modernos como embreagem deslizante, modos de pilotagem, quickshifter bidirecional (opcional), balança de alumínio, iluminação full-LED, piscas com cancelamento automático, alerta de frenagem de emergência e ABS nas duas rodas.

O painel da nova Hornet é uma tela colorida de TFT com 5 polegadas, customizável e conectável a smartphone
Crédito: Divulgação
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Achou pouco? Pois saiba que o painel é uma moderna tela colorida de TFT de 5 polegadas customizável, que pode ser conectada ao smartphone do piloto pelo sistema de conectividade Honda Smartphone Voice Control (HSVC) - que tem sistemas iOS e Android.

Outras especificações importantes da nova Hornet são as suspensões dianteiras Showa invertidas com óleo de um lado e mola do outro, e a traseira monochoque com pro-link e cinco ajustes (cursos de 13 cm e 15 cm, respectivamente).

As rodas, por sua vez, são de liga leve, com pneus nas medidas 120/70 R17 na frente e 160/60 R17. O tanque tem capacidade para 15,2 litros no tanque de combustível. Como a Honda divulgou um consumo médio de 23 km/l, a autonomia estimada é de uns 340 quilômetros.

A Honda Hornet chegou ao Brasil em 2004, como CB 600F Hornet;. Era uma 'moto com cara de moto'
Crédito: Divulgação
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Como eram as antigas Hornet

A Hornet foi lançada no mercado brasileiro em 2004 com o nome de CB 600F Hornet. Logo caiu nas graças do público brasileiro, que viu nela a mistura ideal de design bacana - de "moto com cara de moto" - e desempenho nervoso.

Afinal, o motorzão era um quatro cilindros em linha carburado e refrigerado a água, que com seus 600 cm³ rendia 96 cv de potência a 12.000 rpm e torque de 6,4 kgf.m a 9.500 rpm. Com essa nem tão pequena usina de força, a moto chegava aos 200 km/h.

Como podemos ver, a potência do novo bicilíndrico é pouca coisa inferior ao da "velha Hornet". Em compensação, o torque um pouco maior promete fazer bastante diferença. O tanque da antiga Hornet levava 19 litros, mas ela também bebia mais. Então a autonomia da antiga e da nova se equivalem - até porque o peso de ambas é similar.

Acima, a Honda CB 600F Hornet com o visual de 2008 em diante: moto ainda é uma das mais desejadas no país
Crédito: Divulgação
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A segunda geração

Quatro anos depois, em 2008, a Hornet brasileira ganhou uma "segunda geração". Foram feitos vários aprimoramentos - o chassi passou a ser de alumínio, a moto ficou 5 quilos mais leve , a suspensão dianteira foi invertida e os freios com CBS surgiram como opcionais.

Além disso, o motor passou a ser o mesmo da superbike CBR 600RR, com injeção eletrônica multiponto e 105 cv de potência nas mesmas 12.000 rpm de antes com torque de 6,5 kgf.m vindo um pouco mais tarde - a 10.500 rpm.

E não acabou aí. Em 2011 veio a "terceira geração" da Hornet. Mas desta vez motor e chassi não mudaram. A moto ganhou novo painel todo digital e mudanças isoladas no design, como farol e lanterna traseira novos.

Por enquanto ainda não há previsão de chegada da nova Hornet ao mercado brasileiro. Na Europa, a motocicleta custará a partir de 7.990 euros - aproximadamente R$ 41 mil na conversão direta. Mas como as Hornet "antigas" fizeram muito sucesso por aqui - e ainda são as motos mais buscadas no estoque Webmotors -, apostamos na vinda desta nova geração em 2023.

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