A primeira resposta de fato para a Toro acaba de nascer nos Estados Unidos e atende por Hyundai Santa Cruz. A picape é uma médio-compacta que aqui no Brasil brigaria justamente com o modelo da Fiat. A venda no Brasil ainda é uma incógnita.
A Hyundai Santa Cruz é lançada oficialmente depois de muitos flagras e projeções. Com 4,97 metros de comprimento, 3 m de entre-eixos, 1,90 m de largura e 1,69 m de altura, o modelo da marca sul-coreana é pouca coisa maior que a Toro - a Fiat, inclusive, mudará a picape no próximo dia 22 de abril.
Nos EUA, contudo, a Hyundai fez questão de frisar que a picape ficará imediatamente abaixo das "porta-de entrada" das médias.
Na apresentação, até comparou as dimensões da Santa Cruz com as de modelos como Toyota Tacoma, Honda Ridgeline e Nissan Frontier - no mercado americano, o segmento de picapes é bem mais diversificado e há uma espécie de categoria abaixo do que consideramos médias aqui.
Se a Toro já tem um estilo que foge ao convencional das picapes, a Santa Cruz abusou nesse quesito. A dianteira é bastante ousada, com faróis em quatro seções de luzes em nichos iguais aos da generosa grade - e todos integrados como se fossem uma única peça.
A base dessa grade é retona e delimita o para-choque que, nas extremidades, traz os faróis de neblina verticais e bipartidos. A lateral tem um vinco na altura das maçanetas e a linha de cintura angulosa remete à rival da Fiat.
Na traseira, as lanternas começam em filetes de LEDs na tampa e se expandem para as extremidades da carroceria. A maçaneta tem o nome da Hyundai, enquanto o nome da picape surge em letras garrafais na tampa.
Por dentro, o estilo é mais sóbrio. Mas chamam a atenção o quadro de instrumentos eletrônico em uma tela destacada do acabamento do painel. Já o sistema multimídia fica ao centro do tablier e oferece display de 10".
No mercado norte-americano, a Hyundai Santa Cruz será vendida com o motor 2.5 aspirado e com injeção direta, aliado a uma transmissão automática de oito marchas. A potência é de 190 cv e o torque, de 25 kgf.m.
Outras versões usam um 2.5 turbo de 275 cv e 43 kgf.m. Neste caso, o câmbio também é de oito marchas, só que automatizado e de dupla embreagem. As duas variantes de conjunto mecânico se valem de tração integral.
A capacidade de carga, porém, é menor que na Toro e até do que na Fiat Strada. São 589 kg, o que deixa evidente a faceta mais para o lazer da Hyundai Santa Cruz.
Está aí a pergunta de um milhão de dólares. Fontes dizem que o Grupo Caoa estuda com carinho a importação da Santa Cruz. O problema é que ela é feita nos EUA, e não no México como a futura rival Ford Maverick. E o dólar do jeito que está deixaria o preço proibitivo.
Como usa a base do Tucson, a empresa, responsável pelos importados da marca, até avalia uma fabricação em Anápolis (GO), onde já faz a geração atual do SUV médio. Mas as chances são bem remotas.