Os portugueses agora têm um superesportivo para chamar de seu. Estamos falando do Adamastor Furia, um modelo com produção limitada a apenas 60 unidades, coeficiente aerodinâmico superior ao de um F1 e 650 cv de potência.
Feito em duas versões, sendo uma de rua e outra votada para as pistas, o modelo deve competir com rivais de peso, de marcas como Aston Martin, Pagani, Koenigsegg e outras.
Para essa briga, a marca decidiu equipar seu primeiro carro com um motor V6 3.5 litros a gasolina assinado pela divisão Performance da Ford. Biturbo, esse motor rende 650 cv de potência a 5.500 rpm e 57,1 kgf.m de torque, disponível a partir de 2.500 rpm.
Olhando só para os números, não parece nada absurdo. Mas o modelo surpreende pela relação peso-potência. Feito com chassi monocoque em fibra de carbono, o Furia pesa apenas 1.050 quilos, o que resulta em uma relação peso/potência de 1,61 kg/cv (quanto menor, melhor). Só para fins de comparação, um McLaren 750S, com motor V8 de 750 cv (já testado pelo nosso time do WM1), tem 1,85 kg/cv.
Segundo a fabricante, o Furia vai de zero a 100 km/h em 3,5 segundos, e da inércia aos 200 km/h precisa de apenas 10 s. Já a velocidade máxima prevista para esse português nervosinho é de 300 km/h.
A transmissão usada no Furia é a Hewland LWS-200. O sistema é feito para carros de corrida e tem trocas sequenciais feitas diretamente no volante. Há também diferencial de deslizamento limitado com ajuste de pré-carga, e as suspensões são do tipo double wishbone (braços duplos).
O conjunto de freios da máquina tem discos de 378 mm e pinças de alumínio de seis pistões na dianteira e discos de 356 mm combinados com pinças de quatro pistões na traseira.
Segundo a Adamastor Supercars, o Furia foi pensado para ser um carro aerodinâmico - e nisso promete muito. Na versão feita para as pistas, o downforce a 250 km/h é de 1.800 quilos. A versão de rua, na mesma velocidade, tem 1.000 quilos de downforce.
Os parâmetros são similares aos vistos nos carros das Fórmulas 2 e 3. Já o coeficiente aerodinâmico do Furia é superior ao de modelos usados na Fórmula 1.
Cada uma das 60 unidades do superesportivo deve custar a bagatela de 1,6 milhão de euros (R$ 8,95 milhões, em conversão direta). A entrega dos primeiros modelos está prevista para o ano que vem. A Adamastor Supersport garante que a capacidade de produção anual é de 25 unidades.