A Jeep errou na conta. É que a marca de utilitários da Stellantis já atingiu a marca de um milhão de emplacamentos no Brasil há um tempo, embora esteja comemorando o feito só agora.
Explico: essa conta de um milhão de carros da Jeep no Brasil inclui apenas as vendas somadas dos modelos nacionais Compass, Commander e Renegade.
O SUV compacto, aliás, inaugurou a linha de montagem de Goiana (PE), em 2015. O Compass chegou em 2016. Já o Commander estreou em 2021 e foi o primeiro Jeep desenvolvido no Brasil nessa fase mais recente da marca.
A própria marca admite que esse volume de um milhão de unidade já foi atingido há um tempo. Mas, para fazer a conta exata, seria necessário desenterrar os dados de produção da finada Willys-Overland, que começou a fabricar o Jeep CJ-5 no Brasil em 1957.
Isso sem contar também os números da hoje concorrente Ford, que comprou a Willys-Overland no final dos anos 1960 e manteve em linha os produtos com a marca Jeep até o início dos anos 1980. Uma dessas saladas que seriam praticamente impossíveis nos dias atuais.
Manobras matemáticas à parte, não dá para negar que esses produtos da fase mais atual da Jeep no Brasil tiveram uma belíssima aceitação entre o público.
De uma marca de nicho e restrita a produtos importados e de baixo volume, a Jeep se tornou a sétima força do mercado brasileiro, com mais de 66 mil emplacamentos entre janeiro e julho deste ano. Volume bastante significativo para uma marca que não tem carros populares no seu portfólio.
Atualmente, além dos três modelos feitos na fábrica de Goiana (PE), a Jeep comercializa no Brasil os importados Grand Cherokee, Wrangler e Gladiator.