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Jeep traz Compass híbrido ao Brasil que faz 25km/l

Importado da Itália, versão eletrificada do SUV médio é baseada na configuração S, topo de gama, e tem conexão plug-in

por André Deliberato

É 4/4, então é oficial: depois de muita especulação e meses (talvez até anos) de espera, o Jeep Compass híbrido está entre nós. Importado de Melfi, Itália, o modelo estreia nas próximas semanas ao preço de R$ 349.990 e se torna a opção mais sustentável da empresa no país - além do primeiro Jeep eletrificado (híbrido plug-in) do nosso mercado.
Para fazer incríveis 25,4 km/l na cidade e 24,2 km/l na estrada, o SUV combina o motor T270 de 180 cv e 27,5 kgf.m de torque (movido só a gasolina) a dois propulsores elétricos, um dianteiro e outro traseiro, que juntos entregam mais 60 cv e 25,5 kgf.m - dessa junção, só a potência combinada é divulgada, de 240 cv. Mas tem mais: segundo a Jeep, ele supera até 50 km/l dependendo do modo de condução!
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Como é o Compass híbrido plug-in

Não é só a junção do motor a combustão aos dois elétricos que auxiliam o SUV a atingir o dado de consumo. O carro também vem equipado com uma bateria de 400V capaz de auxiliá-lo no momento de tração. Na prática, o Compass híbrido também pode rodar só em modo elétrico por 44 km, o que se torna ainda mais atraente para quem o usa no dia a dia e trabalha perto de casa.
Sistema é comandado por uma caixa de câmbio automática de seis marchas e o sistema de tração é chamado de 4xe (leia "Four by E", assim como 4x4 em inglês é "Four by Four"). Nós do WM1 achamos mais fácil chamá-lo de... Compass híbrido.
O sistema de recarga também promete mais rapidez do que estamos acostumados. Segundo a Jeep, em tomada 220V o Compass híbrido precisa de cinco horas para atingir a carga completa mesmo que a bateria esteja zerada. Em wallboxes de 7,4 kW, como aqueles de vagas de shoppings e alguns mercados, o carro consegue recuperar 100% da energia da bateria em até 100 minutos.
Dados de desempenho: com 1.908 kg (um Compass S convencional tem 1.589 kg), a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 6,8s, enquanto a velocidade máxima é 206 km/h. Dimensões são as mesmas das versões à combustão - 4,40 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,65 m de altura, 2,64 m de entre-eixos e porta-malas de 420l. Com esses números, a autonomia máxima é de 927 quilômetros.
São três modos de condução: o híbrido, que privilegia a direção em modo elétrico - o que é capaz de fazer os 25 km/l; o puramente elétrico, onde quem trabalha é o motor traseiro (neste, a velocidade máxima é de 130 km/h); e um chamado "e-save", que preserva o nível da carga daquele momento da bateria de alta tensão - neste, o sistema passa a fazer de forma automática a recarga da bateria.

Equipamentos

Obviamente, por ser o Compass mais caro e baseado na versão "S", que é a atual variante topo de linha do SUV, o 4xe vem completo. Mas com itens exclusivos se comparado às versões tradicionais, tais como sistema de câmera 360º; som da Alpine com oito alto-falantes e 506W; Alexa in Vehicle (assim como no Commander) e o pacote Adventure Intelligence com recursos aprimorados.
O Compass híbrido também vem com quatro de instrumentos 100% digital de 10,25 polegadas; central multimídia com tela de 10,1" colorida, tátil e que permite espelhamento via CarPlay e Android Auto sem fio; sistemas de assistência à direção (equipamentos que auxiliam o motorista em uma condução semi-autônoma); sete airbags e o teto solar panorâmico que a Jeep chama de Command View.
Assim como todo carro eletrificado no Brasil, nessa versão o Compass tem desconto no IPVA (nas cidades que permitem essa vantagem) e isenção do rodízio - em SP, única região de regulamentação por placas. Ele também vem com o adaptador para fazer a recarga em tomadas 220V e a empresa irá oferecer, à parte, um wallbox para quem quiser ter o equipamento em casa ou no trabalho.

E como anda?

Pudemos conferir a novidade por poucos quilômetros no final de março pela região de São Miguel do Gostoso (RN) e gostamos do que vimos. De longe é o Compass mais esperto que já guiei - e nessa comparação incluo as versões a diesel, que sempre foram muito mais ágeis e torcudas que as configurações movidas por motores flex.
O Compass híbrido tem muito fôlego quando usado no modo e-save/híbrido, que automaticamente recupera a bateria quando ativo. No puramente elétrico, o SUV perde um pouco do pique, mas não fica manco - muito pelo contrário, na verdade, pois fica até mais divertido rodar somente com motor (e tração) só na traseira.
Em nossas medições - breves, é verdade - conseguimos registrar quase 18 km/litro. Mas vale ponderar que estávamos em duas pessoas no carro e com o ar-condicionado ligado (no talo, diga-se, para espantar o calor de 37ºC do lado de fora). Suspensão independente na frente e atrás são primordiais para que o conforto de cabine pudesse ser excelente como realmente foi.
Por dentro, o luxo e a sofisticação que são referência na categoria de SUVs médios é o mesmo, mas no console essa versão vem com o acréscimo do seletor do modo de condução e materiais em preto brilhante que são vistos só em modelos de marcas premium, como Volvo, BMW, Audi e Mercedes - aliás, são contra SUVs desse filete de mercado que o Compass híbrido vai disputar clientes.
E deve roubar muitos deles.

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