Kawasaki desenvolverá motor em parceira com Toyota

Propulsores da marca japonesa serão movidos a hidrogênio com zero emissão de CO2, outra alternativa tecnológica verde

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Alexandre Ciszewski
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A Kawasaki tem investido forte em tecnologias mais verdes para o futuro de suas motocicletas, como evidenciado pelo desenvolvimento de inúmeras motos elétricas e híbridas, juntamente com um anúncio, no ano passado, de sua intenção de colaborar na pesquisa de combustíveis alternativos para motores de combustão interna.

Feito em 2021, esse anúncio foi um esforço conjunto de Kawasaki, Yamaha, Mazda, Subaru e Toyota, com o objetivo de chegar à neutralidade de carbono. Agora, em setembro de 2022, Kawasaki e Toyota passaram da intenção à ação ao assinar um acordo para desenvolver motores movidos a hidrogênio para motocicletas.

Kawasaki Ev 2
A Kawasaki lançará uma motocicleta híbrida até o final deste ano
Crédito: Divulgação
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O novo acordo foi iniciado quando Akio Toyoda, neto do fundador da Toyota Motors, Kiichiro Toyoda, e atual presidente da empresa, pilotava um quadriciclo movido a hidrogênio no Mobility Resort Motegi (anteriormente Twin Ring Motegi). O motor foi da originalmente desenvolvido por Kawasaki, Toyota e Denso para uso em motocicletas da marca de Akashi, e é baseado na arquitetura da Ninja H2.

Embora a Kawasaki tenha sido líder no desenvolvimento de alternativas sustentáveis ​​em comparação com outros fabricantes de motocicletas convencionais, a marca é um pequeno player quando comparada à gigante automotiva global Toyota.  Portanto, os benefícios para a Kawasaki com este acordo são bastante óbvios. Na Toyota, a esperança é de que acordos como esse acelerem o desenvolvimento de veículos movidos a combustíveis alternativos - tanto carros quanto motocicletas -, o que deve aumentar a aceitação do público e o apoio dos governos.

Toyota Bz3 F22
O Toyota bZ3 será um sedã 100% elétrico com opções de potência: 184 cv e 245 cv
Crédito: Reprodução
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Kawasaki movida a hidrogênio

Apesar de a fabricante de motos ter declarado que será totalmente elétrica até 2035, este acordo mostra que ainda está explorando combustíveis alternativos para motores de combustão interna (também conhecidos pela sigla ICE), que reduzirão ou eliminarão as emissões.

Enquanto um veículo movido a combustível de célula de hidrogênio usa o elemento em uma reação química para gerar eletricidade e alimentar um motor elétrico, o hidrogênio também pode ser usado como combustível em um ICE modificado e produzir zero emissões de carbono. A grande vantagem de usar o hidrogênio como combustível ICE dessa maneira é que as ferramentas e a tecnologia envolvidas não são significativamente diferentes das usadas para os motores convencionais, e a experiência para o piloto ou motorista também é muito semelhante.

Produzir zero CO2 no escape é uma melhoria em relação aos motores convencionais, e ser capaz de encher um tanque com hidrogênio da mesma maneira que fazemos agora com combustíveis líquidos é uma vantagem definitiva sobre os veículos elétricos a bateria.

No entanto, 95% da produção atual de hidrogênio ainda é feita a partir de combustíveis fósseis, e as alternativas mais limpas dependem da eletricidade. Então ainda há alguns caminhos a percorrer antes que a tecnologia possa ser chamada verdadeiramente de "zero emissões".

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