Kawasaki lança a Ninja ZX-10R 2022 no Brasil

Modelo ganhou design agressivo, melhorias mecânicas e ainda mais eletrônica. O motor e os 213 cv de potência não mudaram

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Kawasaki lança a Ninja ZX-10R 2022 no Brasil
Roberto Dutra
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

Conforme antecipamos há duas semanas, a Kawasaki apresentou na manhã desta terça-feira (1º), através de uma live em seu canal no Youtube, a linha 2022 da Ninja ZX-10R. A moto, que a fabricante diz ser igual à usada no World Superbike (WSB), categoria que inclui modelos de produção e na qual foi sete vezes campeã desde 2013, traz muitas novidades em relação à antecessora. O motor não mudou, mas de resto foram feitos muitos aprimoramentos.

O visual ficou radicalmente diferente. Agora a Ninja ZX-10R tem dois faróis pequeninos e discretos, separados por uma vistosa entrada de ar centralizada na carenagem. Logo abaixo deles, "pontas" esculpidas fazem a função de "winglets" (asas), para reforçar o "downforce" em altas velocidades. Segundo a Kawasaki, essa força física que "empurra" a moto para baixo e reforça a estabilidade está 17% maior no modelo 2022.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

Os faróis, assim como os piscas e a nova lanterna traseira triangular, têm LEDs. E há mais. Os espelhos incorporaram os piscas, as carenagens laterais estão mais lisas e a rabeta, ainda esguia e arrebitada, também tem novo desenho. Outro componente repaginado foi o banco, para proporcionar mais conforto ao piloto.

Segundo a Kawasaki, a Ninja ZX-10R 2022 é igual à usada nas provas do World Superbike
Crédito: Divulgação
toggle button

A posição de pilotagem, aliás, mudou um pouco. Além do novo banco, as pedaleiras do piloto ficaram 5 cm mais altas e o guidom ficou mais aberto e 1 cm mais alto. Par completar, a bolha (para-brisa) ficou 4 cm mais alta, o que proporciona mais proteção ao piloto. Para evitar trepidações e garantir esterços seguros, a Ninja ZX-10R ganhou também um amortecedor de direção, fornecido pela grife sueca Öhlins.

Quase tudo é novo: no design, mudaram as carenagens frontal e laterais, banco, rabeta e conjuntos óticos
Crédito: Divulgação
toggle button

A eletrônica a bordo foi reforçada. A moto agora tem acelerador eletrônico, sem cabos, o que permitiu que incorporasse também controle automático de velocidade (o popular "piloto automático") e quatro modos de pilotagem: Road, Sport, Rain e Rider, este último com quatro memórias.

Com sensor IMU de seis eixos, a moto tem sistema de gerenciamento em curvas (anti-derrapagem), ABS e controle de tração atuantes em curvas (e o de tração é desligável) e ainda controles eletrônicos de largada e de freio motor (com interferência ajustável), e quickshifter bidirecional.

Essa é a versão KRT, que repete as cores das motos usadas nas provas do WSB. Custa R$ 99.990
Crédito: Divulgação
toggle button

Tudo isso é monitorado pelo piloto através do novo painel, uma tela de TFT com 4,3 polegadas cheia de recursos. Por exemplo, pode-se escolher entre fundo preto ou banco e, ainda, o modo "race" de exibição, que vai mostrar hodômetros diferentes e cronômetros - é próprio para track days, por exemplo.

O painel também permite conexão com smartphone via Bluetooth para usar o aplicativo Rideology, que tem funções como trecho percorrido e as condições de rodagem como velocidade média, além de fazer, pelo celular, os setups que seriam feitos no painel.

A linda black ebony, ou apenas preta com verde, custa um pouco menos: R$ 97.990
Crédito: Divulgação
toggle button

Entre as luzes-espia, uma novidade, o modo de serviço: uma luz de alerta da injeção, que indica a necessidade de manutenção e que só apagará após intervenção em uma concessionária. Logo acima do painel, a moto tem uma shiftlight - luz que indica a melhor hora para a troca das marchas e que pode ser regulado pelo piloto na faixa de rotação desejada.

Na parte mecânica, a principal novidade é a adoção de um radiador de óleo instalado logo acima do de água. Herança do sistema usado na moto que compete no WSB, a peça ajuda a manter o motor na temperatura ideal e trabalha com circuito independente.

No detalhe, os agora pequenos faróis dianteiros separados pela tomada de ar: iluminação da moto é full-LED
Crédito: Divulgação
toggle button

Na linha 2022, a Kawasaki Ninja ZX-10R também exibe suspensões dianteiras com off-set menor (menor ângulo em relação ao pescoço do quadro), e tanto a dianteira quanto a traseira foram recalibradas - ganharam rigidez. Os amortecedores são Öhlins eletrônicos adaptativos.

Além disso, os freios Brembo foram revisados, a transmissão ganhou novas relações de marchas (primeira, segunda e terceira ficaram mais curtas), a balança traseira ficou 1 cm mais comprida, há novos pneus fornecidos pela Bridgestone, o banco do piloto foi redesenhado para oferecer mais conforto e o entre-eixos da moto ficou 1 mm mais curto (agora, é de 1.445m). O chassi ficou mais leve, mas a moto ganhou um quilo - agora tem 207 quilos - por conta dos novos dispositivos.

Detalhe da rabeta:  a lanterna, que também é com LEDs, tem inusitado desenho triangular
Crédito: Divulgação
toggle button

O motor não mudou, mas foi fuçado. Ganhou válvulas e sistema de escape novos, e agora o quatro-em-linha de 998 cm³ rende 203 cv de potência, mas consegue alcançar 213 cv a 13.200 rpm quando o RAM Air está ativado - momento em que o ar que vem pela tomada frontal e entra no duto de admissão na caixa de ar ganha mais pressão devido à velocidade, o que fortalece a mistura ar-combustível. O torque é de 11,7 kgf.m a 11.400 rpm.

O painel é uma tela de TFT com 4,3 polegadas. Pode ter fundo branco ou preto e exibir o modo "race" (como acima)
Crédito: Divulgação
toggle button

Lá fora, essa Ninja tem uma versão ainda mais apimentada - a ZX-10RR, que tem pistões e bielas de titânio desenvolvidos pela empresa austríaca Pankl, e potência de 204 cv a 214 cv nas 14.000 rpm. Já o torque pouco muda: 11,4 kgf.m a 11.700rpm. Outras diferenças na RR são as rodas Marchesini, os pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP, e as molas das válvulas de admissão e escape e peças como árvore e manivelas de alta performance.

Presentinho nas primeiras vendas

Os 100 primeiros compradores da Kawasaki Ninja ZX-10R 2022 ganharão um capacete Shoei exclusivo. Criado em parceria da Kawasaki japonesa com a fabricante de capacetes, o acessório não será vendido depois. Além disso, os compradores também receberão uma caixa com o manual da moto, chave reserva, pendrive com conteúdo exclusivo e placa com certificação de propriedade.

Os preços: a preta custará R$ 97.990 e a KRT, R$ 99.990 - já com frete incluído. A moto estará nas lojas já na segunda quinzena desse mês.

Veja abaixo um vídeo em que o piloto Kawasaki Jonathan Rea apresenta a moto em detalhes e acelera na pista

 

Comentários