KTM lança a furiosa 1.290 Super Duke R no Brasil

Com design muito agressivo, motor com 180 cv de potência e cheia de melhorias importantes, a naked chega por R$ 149.990

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Roberto Dutra
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A atuação da KTM no mercado brasileiro é curiosa. No fim do mês passado, revelamos aqui a chegada da "adventure"  1.290 SuperADV S - a primeira aparição aconteceu no Festival Interlagos, um grande evento voltado para motos realizado no autódromo paulista. Agora, a marca começa a vender no Brasil a furiosa 1.290 Super Duke R, uma hiper-naked com visual extremamente agressivo e motor à altura da aparência invocada.

Ktm 1.290 Super Duke R (16)
A linha 2022 da KTM 1.290 Super Duke R chega ao Brasil por R$ 149.990
Crédito: Divulgação
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A apresentação da 1.290 SuperADV ainda teve alguma pompa e circunstância, já que a marca aproveitou sua participação no salseiro em Interlagos. Mas a chegada da 1.290 Super Duke R já acontece no "padrão KTM" - ou seja, sem qualquer alarde. Tanto que a moto ainda nem aparece nos sites das (poucas) concessionárias da marca no país nem na tabela Fipe (?). Mas o preço foi confirmado: R$ 149.990.

É uma pena, pois é um modelo que merece um grande rufar de tambores. Não fosse a ausência de carenagens, passaria facilmente por uma nervosa superbike. Tem farol em forma de diamante, guidom baixo e quase reto, abas laterais em forma de raios, quadro treliçado parcialmente exposto, tanque musculoso, para-lamas curtos, banco fininho e rabeta curta e arrebitada.

O design é extremamente agressivo:  a moto parece um bicho pronto para atacar quem aparecer pela frente
Crédito: Divulgação
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A linha 2022 (2021 lá fora) surge com vários aprimoramentos. A espessura das paredes internas do motor diminuiu, o que o deixou mais leve. A moto ainda ganhou nova caixa de ar, escape redimensionado e balança monobraço reposicionada - agora é integrada à carcaça do motor. Aliás, tanto o chassi quanto a balança agora têm 15% mais rigidez torcional (chassi em aço cromo-molibdênio e subchassi em alumínio).

O pacote eletrônico também foi atualizado. A Super Duke R tem, entre outros mimos, acelerador eletrônico, controle automático de velocidade e cinco modos de condução (rain, street, sport, track e performance) selecionáveis em tempo real nos novos punhos de comandos. Essas opções inclusive ajustam as respostas dos controles de tração e antiempinadas para ficarem mais ou menos intrusivos.Até o giro do acelerador mudou: ficou mais "curto". Ou seja, agora o piloto precisa girá-lo menos pata obter as mesmas respostas de antes. Isso reduz o ângulo de aceleração no punho do piloto e, por tabela, proporciona um posicionamento de cotovelo mais confortável mesmo em aceleração máxima.

A traseira é arebitada e com quase nenhum espaço para garupa. O suporte de placa é bem destacado
Crédito: Divulgação
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A moto também tem nova pintura, combinando com muito bom gosto o tradicional laranja da marca - presente nas rodas, para-lama dianteiro, treliças do quadro, parte das abas e tampas laterais - com parte do tanque na cor branca. Essa combinação de cores foi inspirada na KTM RC16, que disputa a categoria MotoGP. À frente do piloto, o painel é uma linda tela de TFT rica em informações e conectável com smartphone.

A mecânica é biscoito fino. O motor tem nada menos que 1.301 cm³ e rende obtusos 180 cv de potência a 9.500 rpm e torque de 14 kgf.m a 8.000 rpm para levar seus cerca de 210 quilos em ordem de marcha. É muita força em uma moto sem proteções aerodinâmicas para o piloto! Não por acaso a KTM considera a 1.290 Super Duke R sua principal moto de rua e lhe deu o apelido de "The Beast" ("a fera").

O quadro em aço cromo-molibdênio é parcialmente treliçado - e nesta parte é pintado na cor laranja
Crédito: Divulgação
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No Brasil, sua única concorrente é a Ducati Streetfighter V4 S, que é mais potente e um pouco mais leve, porém menos torcuda e mais cara: tem 208 cv, 12,6 kgf.m, 199 quilos e custa R$ 157.990. Mais abaixo a opção é a Suzuki GSX-S 1.000A, de 150 cv, 11 kgf.m, 209 quilos e R$ 73.000.

Outras especificações importantes da moto são o câmbio de seis marchas com secundária por corrente, a embreagem hidráulica assistida e deslizante, as rodas de liga leve com cinco raios, os freios Brembo Stylema com quatro pistões na frente e dois atrás, o tanque para 16 litros e o banco a 83,5 cm do solo.

 

O painel é uma bonita telinha de TFT rica em informações que, incusive, mostra funções do ABS, do controle de tração e dos modos pilotagem
Crédito: Divulgação
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Para completar, as duas suspensões são WP Apex - a dianteira é invertida, tem ajustes de mola, compressão e retorno, e curso de 12 cm; enquanto a traseira é monochoque com reservatórios de gás e óleo, ajustes de mola, compressão e retorno, e curso de 14 cm.

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