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Lancia Delta Evo-e: elétrico com câmbio manual

Hatch italiano foi convertido por empresa francesa em elétrico de 200 cv com tração integral

por Guilherme Silva

A Lancia resistirá no portfólio de marcas da Stellantis com o lançamento de três modelos elétricos baseados na nova plataforma da empresa formada com a fusão da Fiat Chrysler Automóveis com a PSA Peugeot Citroën. Entre as novidades, previstas somente para daqui três anos, está uma releitura moderna e movida a baterias do icônico Delta Integrale, que fez sucesso nos anos 1980 na Europa.

Enquanto a Lancia não apresenta os novos modelos, a empresa francesa GCK Exclusiv-e anuncia o lançamento de 47 unidades do antigo Lancia Delta Integrale convertidas em carros elétricos. Os “electromods”, como são chamados os modelos antigos eletrificados, têm ganhado cada vez mais adeptos em alguns países europeus e nos Estados Unidos nos últimos anos - já mostramos aqui, por exemplo, um Porsche 911 geração 964 (produzida entre 1989 e 1994) que ganhou motor elétrico..
A GCK apresentou algumas imagens do Delta Evo-e, que manteve as principais características originais. No entanto, a empresa aplicou apenas elementos aerodinâmicos em fibra de carbono para não descaracterizar o desenho criado em 1979 pelo conceituado designer italiano Giorgetto Giugiaro.
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O interior do hatch recebeu alguns toques modernos, como os bancos Recaro revestidos de Alcantara cinza com costuras na cor laranja a central multimídia Alpine com tela retrátil para não destoar muito da aparência do painel original.
A mudança mais importante, obviamente, é a troca do motor a combustão por um propulsor elétrico, que entrega até 200 cv de potência e 35,7 kgf.m de torque em situações que demandam maior desempenho. Numa tocada mais tranquila, no entanto, o motorista terá à disposição apenas 122 cv e 20,4 kgf.m para poupar a carga das bateria.
A GCK informa que a bateria de 29 kWh de capacidade tem autonomia de até 200 quilômetros. Com 1.440 kg, o Delta elétrico acelera de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos.

Para lidar com o acréscimo de cerca de 100 kg em relação ao modelo original, o Delta Integrale elétrico recebeu ajustes para não comprometer a dinâmica. Foram aplicados reforços estruturais, suspensão rebaixada com molas mais firmes e freios redimensionados com discos de 306 mm de diâmetro e pinças de seis pistões.

Uma curiosidade é que o câmbio manual de cinco marchas foi mantido, porém, com uma nova relação final. A tração integral reparte a força do motor elétrico em 47% para as rodas dianteiras e os 53% restantes para as traseiras.
A GCK Exclusiv-e não revelou o preço do Delta Integrale elétrico, mas diz que 11 das 47 unidades que serão produzidas terão a clássica pintura da equipe Martini Racing. Esses carros ainda terão novos componentes do chassi em alumínio e fibra de carbono, bancos de competição Sparco e acerto dinâmico ainda mais esportivo.
Para mostrar um pouco do que o elétrico é capaz, a GCK convidou o ex-campeão do Campeonato Mundial de Rali, o francês Didier Auriol, para acelerar um protótipo em uma pista fechada (vídeo abaixo). Auriol, aliás, competiu na categoria pela Lancia.

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