Amigos, o que vou contar hoje aqui para vocês não é notícia. Lembram da minha experiência com o McLaren 750S? Aquilo tinha fragmentos de informação, até por ter sido o lançamento oficial daquele supercarro. Hoje, não. Hoje falarei sobre algo muito especial que aconteceu no último Dia das Mães.
Desta vez vou contar sobre o dia em que levei minha mãe, dona Fátima, a um evento automotivo bem tradicional - destes que nós, jornalistas dessa área, costumamos frequentar. Toda semana...
A convite da Mitsubishi do Brasil, eu e mais quatro colegas jornalistas saímos de São Paulo capital - acompanhados de nossas mães - e fomos até a região de Campos do Jordão (SP) para fazer trilhas, curtir um bom momento e mostrar as capacidades lameiras de uma picape como a L200 Triton.
A L200 nem é tão nova assim, como vocês bem sabem. Mas vale dizer que ela continua sendo ótima opção de compra para quem busca uma picape média tecnológica, segura, estilosa e econômica.
Mas, como disse, o foco desse texto não é falar sobre a L200 em si, e sim da experiência que foi ver as mamães entendendo como é participar de um "evento de lançamento". Quer saber mais sobre a picape, mesmo assim? Vou deixar o vídeo que fiz com ela há pouco mais de um ano aqui embaixo.
Trabalho na área automotiva desde 2007, mas comecei com o jornalismo em 2008 - portanto há 16 anos. Sempre fui apaixonado por carros. E dona Fátima estava lá, ao meu lado, desde os primórdios.
Era ela que se impressionava, enquanto meu pai dirigia, quando passávamos pela Avenida Ricardo Jafet, na zona sul de São Paulo (SP), e eu ficava repetindo, do alto de meus três ou quatro anos, "sem errar", a quais carros pertenciam os faróis e lanternas que eu via nas lojas de autopeças.
Cresci, fiz jornalismo, estudei engenharia automobilística e me especializei. Sou feliz em poder dizer que escrevo e faço vídeos sobre o que amo desde o começo da carreira. Vivi algumas oportunidades únicas desde então - como o citado teste com o McLaren do começo deste ano.
Mas o evento de "lançamento" da L200 Triton com minha mãe foi sem dúvida o mais marcante até hoje, de todos que já fui. Foi especial, foi incrível e inesquecível. Obrigado, Mitsubishi!
Chegamos no escritório da HPE às 8h21 daquela segunda que antecedia o tradicional "segundo domingo de maio".
Um café da manhã ao lado de Mauro Correia, CEO da HPE Automotores, e de Marcia Neri, Diretora de Marketing (CMO), além de toda equipe de assessoria da Mitsubishi, nos esperava.
Depois da ótima recepção e de todas as instruções, saímos rumo ao primeiro destino: um local super aconchegante na beira da serra de Campos, na cidade de Tremembé (SP), chamado "Leite na Pista".
Dali, subimos até Campos para almoçar e em seguida fomos para o belíssimo hotel "Quebra-Noz". O próximo passo da agenda era justamente o jantar. Foi nesse momento que as mamães, certamente ansiosas para o que viria a acontecer no dia seguinte, já começaram a nos julgar.
"Nossa, que hotel chique, que jantar fino, regado de vinho e de boa pizza. Vocês vivem bem demais". Essas foram as frases mais ouvidas pelos filhos e até pela equipe da Mit, que tem jornalistas - alguns que inclusive também já estiveram do nosso lado do "balcão", como dizemos em nossa linguagem.
O que as mamães não sabem, especialmente a minha, é que esse é só um lado "bonito" do negócio. O que elas não veem por terem ido uma vez só a esse tipo de evento - e não em três ou até quatro por semana, como fazemos com frequência - é o cansaço, perrengues logísticos e enrascadas que muitas vezes precisamos enfrentar.
Como no meu caso, que fui cinco vezes ao Oriente nesses 16 anos - todas em voo econômico - e sempre voltei pelo menos oito quilos mais magro por minha própria dificuldade com a gastronomia local. Mas não vou dar linha para esse assunto porque esse texto é homenagem.
Mamãe amou a pizza. Dividimos o quarto e fomos descansar com um aviso: no dia seguinte, terça, faríamos a tão esperada expedição.
Acordamos, tomamos café e fomos acompanhar o briefing feito pela excelente equipe da Mitsubishi Experience, liderada por Isac Pinto.
No briefing, veio o aviso: "o percurso tem pouco mais de 60 quilômetros. A estimativa é de que acabe por volta das 16h".
Estávamos de saída do hotel às 9h30, o que nos fez concluir que seriam 60 quilômetros de pura terra, já que nessa estimativa de horário a velocidade média era de... 6,5 km/h.
Sim, eu fiz a conta. Eu dividi os 390 minutos das estimadas 6h30 de trilha pelos quilômetros que nos foram anunciados.
E foi exatamente isso que aconteceu, incluindo alguns poucos trechos de asfalto e muito, mas muito obstáculo. E a L200 transpôs absolutamente todos com muita maestria e tranquilidade, diga-se.
As mamães certamente se impressionaram. A minha viu de perto o que um carro com DNA 4x4 é capaz de fazer. Trechos alagados, empedrados, de lama e cascalho, com pedras bem altas, ficaram para trás.
O nosso percurso foi de muitas risadas, desafios e, claro, obstáculos. A trilha que fizemos atravessou algumas cidades entre a divisa do estado de São Paulo e Minas Gerais.
Em alguns desses obstáculos, ouvi até elogios de dona Fátima. "Nossa que legal, estamos em estrada de terra e aqui dentro parece asfalto, de tão silencioso", afirmou a nova especialista da área.
Paramos para almoçar perto das 14h e a chegada de volta ao hotel aconteceu justamente no horário previsto pela equipe - que, por sinal, preparou todo o percurso com excelência.
Saímos do hotel e voltamos para São Paulo na noite daquela terça. Dona Fátima estava cansada, mas se dizia muito feliz e realizada por ter vivido essa experiência comigo. "A picape está aprovada! Não atolamos uma vez só".
Voltem ao parágrafo acima e reparem na palavra "cansada". O evento terminou, deixei ela em casa e fui para a minha - até porque a Mit nos permitiu devolver a L200 justamente na quarta pela manhã.
No dia seguinte, o cansaço dela foi exposto pela hora em que recebi sua primeira mensagem: já era quase o almoço - e eu já tinha devolvido a picape.
Talvez com este resumo tenha sido possível fazer vocês imaginarem um pouco mais sobre o que é o jornalismo: nós corremos o mundo atrás da informação exata, precisa e confiável.
Faço isso há 16 anos e vou continuar. Para mostrar para dona Fátima e todas as mamães do mundo que o amor que aquele moleque apaixonado por peças de carros recebeu, o materno, é sem dúvida o maior te todos. Te amo, mãe!