Revelamos aqui, esta semana, que a fabricante italiana de motocicletas MV Agusta voltou ao país. O retorno se deu pelo Grupo Lelis, de Campinas, que já abriu uma primeira concessionária e promete ampliar a rede.
Mas certamente a rede não será muito grande. As motos da MV Agusta são lindas, sofisticadas, exclusivas e bem caras - até mesmo na Europa. Mas como sonhar ainda é de graça, mostramos aqui os modelos que a marca vai comercializar no Brasil. Prepare seu coração...
É uma naked nervosa, com visual musculoso e que lembra, de longe, o da conterrânea Ducati Monster 950S. Tem tanque alto, quadro treliçado à mostra, entre-eixos curto e banco para garupa que é apenas uma licença poética. O motor é um tricilíndrico de 12 válvulas, que rende 140 cv de potência e 8,8 kgf.m de torque.
Irmã maior e muito mais endiabrada da Brutale 800 RR, a 1000 RS tem visual ainda mais agressivo - com destaque para o duplo escape curto na lateral esquerda - mais sofisticação (a balança traseira, por exemplo, é monobraço) e um desempenho bem mais forte: motor de quatro cilindros que entrega nada menos que 208 cv de potência com 12 kgf.m de torque. A moto é capaz de superar os 300 km/h, mas nem tem aerodinâmica para isso. Ou seja, quem tentar vai - literalmente - voar.
É uma versão ainda mais furiosa da irmã RS. O motor e as especificações são as mesmas, mas tem quitutes como suspensões Öhlins gerenciadas eletronicamente, guidão mais baixo e pintura mais caprichada.
Apenas 300 unidades deste modelo foram produzidas pela MV Agusta e pelo menos uma veio para o Brasil. E, apesar do preço superior a meio milhão, já foi vendida. Para justificar o valor estratosférico, tem, além do fato de ser uma edição limitada, motor com quatro cilindros que rende 216 cv de potência e todas as especificações (freios, câmbio, suspensões etc) de alta performance. Quanto ao design, difícil eleger o que sobressa - a traseira parece coisa de nave espacial, as rodas são lindas e os muitos detalhes no acabamento são impressionantes. Uma segunda unidade deve chegar ano que vem, mas com preço na casa dos R$ 600 mil.
Eis aqui uma naked criada sem cerimônias para passeios solo de quem gosta realmente de acelerar. Com traseira curta e sem espaço, banco ou pedaleiras para garupa, a Dragster exibe design bacana, no qual sobressaem (novamente) as ponteiras de escape e as rodas raiadas. É uma versão da Brutale 800 RR, com a qual compartilha o motor tricilíndrico de 140 cv e e 8,8 kgf.m.
Eis aqui uma motocicleta extremamente estilosa. A Super Veloce é uma naked que ganhou carenagem de estilo vintage, com aquele visual de "torpedo". Poucas motos no mundo têm esse charme. Chassi e mecânica são da Brutale 800, mas aqui a potência chega a 147 cv com o mesmo torque. Escape e rodas - lindas - são só dela.
É quase uma excentricidade a MV Agusta produzir uma crossover - ou "big trail" para o asfalto" -, mas é o que os tempos modernos exigem. Então está aí a Turismo Veloce, que tem o mesmo motor tricilíndrico de outros modelos da marca, mas com amansados 110 cv para proporcionar passeios tranquilos e contemplativos. Tem baús laterais, banco confortável - inclusive para garupa - e carenagem dianteira com bolha alta, para ninguém se incomodar. Mas os escapes bacanas também estão lá!
A F3 é uma superbike com visual e proposta herdadas diretamente da famosa F4 do início dos anos 2000. Tem visual limpo e elegante, que foge da "regrinha" de agressividade que vemos em outras esportivas, tanto de origem europeia quanto japonesa, com farol em formato de losango e carenagem com linhas suaves. Na Itália é a F3 é vendida em três versões, mas para cá só virá a RR, que tem o mesmo motor e 800 cm³ de outros modelos da marca, mas com calibragem para chegar a 155 cv de potência e o chamado "kit racing", que inclui escapamento Akrapovic Full e peças em fibra de carbono.