O canal de notícias da Webmotors

Mini Cooper elétrico: diversão garantida na cidade

Compacto mantém pegada esportiva dos modelos a combustão da marca britânica, mas tem autonomia inferior a 300 km

por Lukas Kenji

Quando a Mini foi fundada, na transição entre as décadas de 1950 e 1960, a ideia era desenvolver carros compactos, despojados e com bom aproveitamento de espaço. É possível garantir, sem titubear, que essa essência foi mantida no Mini Cooper SE, o primeiro modelo 100% elétrico da grife de origem britânica. Mas e a esportividade e sensação de guiar um kart, continuam presentes no modelo?
O WM1 passou um dia inteiro com o simpático hatch pelas ruas de São Paulo (SP). Conhecemos a opção especial de lançamento, chamada de Top Collection, que custa R$ 269.990. Mas o modelo parte de R$ 239.990, na versão Exclusive, e ainda está disponível na configuração Top, tabelada em R$ 264.990.
Confira as ofertas de Mini 0 km, seminovos e usados no estoque Webmotors!
Os valores indicam que a variante elétrica do Mini Cooper de três portas é em torno de R$ 25 mil mais cara em relação ao modelo equipado com motor à combustão.
Esteticamente, os diferenciais do lançamento são pontuais. As mudanças mais notórias estão na grade, que tem entrada de ar menores, além do design das rodas, que foram desenhadas para melhorar o sistema de aerodinâmica do compacto.
Na versão Top, o modelo vem com faróis full-LED direcionais, luzes de uso diurno e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.

Já a opção Top Collection, adiciona apenas adereços decorativos, como duas cores exclusivas de carroceria, teto que pode ter estilo degradê, além de revestimento interno com materiais rebuscados que remetem ao BMW i3.
A parte interna apresenta ainda alguns detalhes em amarelo (ou verde, difícil dizer) no câmbio, botão de partida e na luz de ambiente. O tom indefinido é designado para diferenciar os modelos elétricos e híbridos da Mini.

Diferenciais

Outros predicados específicos do modelo elétrico são o painel de instrumentos digital, que mostra detalhes sobre autonomia e regeneração da força de frenagem, além da central multimídia. Esta, mostra diversas informações sobre o veículo e conta com o chamado círculo de autonomia, que mostra até onde o carro consegue chegar de acordo com o nível de bateria de momento.
A central também informa como está o trânsito em tempo real, apresenta notícias e está conectada a um serviço de concierge, gratuito por três anos. Esses serviços estão inclusos a partir da versão Top, que entrega ainda head-up display, alerta de frenagem, assistente de estacionamento, sistema de som Harman Kardon, painel digital, além de teto solar panorâmico.

Por outro lado, a central multimídia só tem pareamento com celulares da Apple. E não há carregador de celular por indução.
Em relação a medidas, a boa notícia é que o porta-malas de 211 litros não ficou menor, algo que seria normal por ser tratar de um modelo elétrico.
A solução da Mini foi implementar o conjunto de baterias abaixo do assoalho, o que rebaixou ainda mais o centro de gravidade do compacto.
Por outro lado, ele passou por pequenos ajustes na suspensão, que está 18 milímetros mais alta, o que resulta em altura total de 1,41 metro.

Esportividade no DNA

Essas pequenas alterações não tiraram a pegada divertida que é DNA da montadora. O Mini Cooper SE tem as características de qualquer outro Mini. A direção é direta, a suspensão é firme e o motor de 184 cv e 27,5 kgf.m de torque instantâneo permite  considerarmos o compacto um foguetinho elétrico.
Embora o modelo seja 190 kg mais pesado na comparação com a variante a gasolina, o elétrico é apenas seis décimos mais lento. Cumpre com a aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, mesmo desempenho do rival Chevrolet Bolt.

Por outro lado, dois dados mostram que a vocação do Mini Cooper elétrico é rodar em centros urbanos. Primeiramente, a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 150 km/h. Tudo bem que é acima dos 120 km/h permitidos por lei, mas note que falamos de um modelo montado por uma subsidiária da BMW, da Alemanha, conhecida por estradas com trechos sem limite de velocidade.
Outro ponto que aponta para o caráter urbano do Mini é a autonomia de 241 quilômetros, bem longe dos 416 km propostos pelo Bolt.
No entanto, a montadora afirma que a autonomia varia de acordo com os modos de condução. Além dos três modos convencionais (Sport, Mid e Green), o elétrico tem ainda o Green +, que foca na regeneração de energia.
Aliás, para ampliar a eficácia desse sistema, o hatch tem o ajuste de um pedal, aquele em que você usa o acelerador quase pra tudo. Nesta opção, o carro pode parar completamente ao passo em que o motorista alivia a pressão no pedal.
Ainda sobre questões de autonomia, o Mini Cooper elétrico já vem com carregador para usar na tomada de casa. O modelo também pode ser plugado em sistema de WallBox, além de estações de carregamento rápido. Nesse modo, 80% da autonomia é recuperada em meia hora.
Com a maior oferta de carregadores, o modelo importado de Oxford, Inglaterra, tem tudo para ser um dos melhores companheiros urbanos, principalmente porque oferece os diferenciais de lifestyle únicos da Mini.
Mas se você precisa de um carro mais versátil, que tope viagens mais longas, é melhor procurar outras opções com níveis de autonomia superiores a 300 quilômetros.

Comentários

Carregar mais