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Mitsubishi apresenta a nova geração do ASX

Menor que o antecessor, modelo é irmão gêmeo do Renault Captur, com o qual compartilha plataforma e muitos componentes

por Lucas Cardoso

Ainda ontem mostramos aqui alguns teasers do novo Mitsubishi ASX. Eram imagens cheias de sombras, nas quais poucos detalhes podiam realmente ser vistos.
A marca japonesa apostou forte nessa estratégia para criar suspense e estimular a curiosidade mundo afora. No entanto, já sabíamos que o novo ASX teria muito a ver com o Renault Captur, já que seria mais um fruto da aliança da Mitsubishi com a Renault-Nissan. Só não imaginávamos que seria tanto!

O novo ASX é nada mais que o Captur com outros emblemas e pequenos detalhes diferentes. Há explicações para isso: o SUV será produzido na fábrica da Renault de Valladollid, na Espanha, justamente onde é feito o Captur atual. E, afinal, quanto mais compartilhamento, menor o custo de produção.
Sendo assim, o novo ASX chega com a mesma plataforma CMF-B do Captur, mas com pequenas mudanças visuais. As proporções são praticamente as mesmas: o carro tem 4,23 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,54 m de altura e 2,63 m de entre-eixos.
Assim, embora seja 3 cm mais largo que o antecessor, é 13 cm mais curto, 9 cm mais baixo e tem entre-eixos 4 cm menor. Até o porta-malas perdeu tamanho: agora leva no máximo 397 litros, ou 83 litros a menos do que antes.
Já em relação ao Captur brasileiro, o novo ASX é 11 cm mais curto, 1 cm mais largo, 7 cm mais baixo, tem 4 cm a menos no entre-eixos e porta-malas 40 litros menor.

As diferenças em relação ao atual Captur europeu? Na dianteira, por exemplo, só o logo da Mitsubishi e alguns detalhes cromados na grade. Até o recorte no capô para inserção da marca é o mesmo.
Lá atrás, a única mudança é a troca do nome da Renault pelo da Mitsubishi. Nem o logo da marca japonesa teve espaço: onde entra o losango no Captur, no ASX vai um acabamento na cor do carro. Para completar, as rodas têm desenho muito semelhante.

No interior do carro, a mesma lógica: mudam os logos e revestimentos dos bancos, mas as peças e o painel de instrumentos são os mesmos - inclusive a multimídia vertical de 9,3 polegadas.
Pelo menos o sistema de modos de condução é da Mitsubishi - o Multi-Sense. São quatro, que regulam o controle dinâmico do carro e a entrega de potência: Eco, Pure, Sport e My Sense. Os dois primeiros modos de condução só estarão disponíveis nas versões híbridas.

As opções de motorização

O ASX mais simples tem motor 1.0 turbo de três cilindros a gasolina, com 92 cv.  Nessa opção, o câmbio só pode ser manual de cinco marchas.
Logo acima vem a versão híbrida-leve com um motor turbo 1.3 turbo quatro cilindros de 142 cv, associado a uma unidade elétrica que chega a 160 cv. O câmbio pode ser manual ou automatizado de sete marchas.

A versão híbrida completa tem um motor 1.6 aspirado e outro elétrico, que juntos entregam 147 cv, e outra híbrida plug-in, com o mesmo propulsor aspirado, mas com uma unidade elétrica mais potente, que chega a 162 cv.
Nesta última, a autonomia no modo 100% elétrico é de 50 quilômetros. Para estas duas opções, o câmbio é automatizado de sete marchas. Esse motor 1.6 é o mesmo usado pelo Captur na Europa.

Lá fora

O novo ASX foi lançado na Europa, mas sua venda no mercado brasileiro é improvável - pelo menos por enquanto. A geração anterior do modelo foi vendida por aqui até o fim do ano passado. Antes disso, a Mitsubishi já havia atualizado o modelo usando o nome de Outlander Sport, mas esse também já teve seu fim decretado.
O SUV saiu de cena nos últimos meses, com o fim da produção na fábrica de Catalão (GO). Ainda existem unidades do Outlander Sport à venda, mas são as últimas. Quem quiser um deve correr - e pagar R$ 169 mil na versão HPE 2WD ou R$ 176 mil na versão HPE AWD.
Se viesse para o Brasil, o novo ASX certamente custaria mais que isso. Inclusive por ter versões híbridas. Enquanto isso, nos diga: você compraria um novo Mitsubishi Captur, ops, ASX?

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