Modelo da Great Wall terá motor de alto desempenho

A Great Wall Motors (GWM) apresentou nesta terça-feira (21/6) suas novas motorizações híbridas. Batizadas de DHT, sigla para Dedicated Hybrid Technology, elas têm no desempenho forçudo seu principal atrativo.São três configurações. O HEV 1.5 turbo trabalha com um motor elétrico, tem tração dianteira, rende até 393 cv de potência combinada e 57 kgf.m de torque, e permite ao carro acelerar de zero a 100km/h em 6,5 segundos. A autonomia no modo elétrico é de uns 180 quilômetros. Já o PHEV tem as mesmas configurações, mas sua autonomia é de 200 quilômetros rodando só no modo elétrico.

O PHEV 4, por sua vez, junta o motor a combustão 1.5 turbo com dois motores elétricos. Tem tração integral, 483 cv de potência combinada e incríveis 76,2 kgf.m de torque, o que lhe permite ir de zero a 100 km/h em 4,8 segundos. A autonomia no modo elétrico é de 180 quilômetros.

Para quem não lembra, a diferença entre HEV e PHEV é que o primeiro não tem tomada para permitir recarga a partir de fonte externa, enquanto o PHEV tem a tomada - é o chamado plug-in - e sua autonomia costuma ser maior.

É justamente essa opção plug-in de maior desempenho que vai equipar o Haval H6, o primeiro Great Wall a ser vendido no Brasil. O carro, inclusive, já foi flagrado rodando camuflado, em testes, na cidade de Iracemápolis (SP), onde fica a sede da marca no Brasil.

O Haval H6 é um SUV médio. Usa a plataforma LNM, desenvolvida pela fabricante em 2020 para ser aplicada exclusivamente em modelos eletrificados. A Great Wall aposta no sistema plug-in por acreditar que dará aos proprietários a experiência de estar em um carro elétrico, mas com a segurança de ainda ter um motor a combustão para situações onde não haja infraestrutura de recarga.

Outro barato do Haval H6 é a transmissão, que terá apenas duas marchas - uma dedicada a baixas e médias velocidades, e outra para ser usada apenas em velocidades mais altas.

Modos de Condução

O sistema também terá quatro modos de condução: EV, Serial, Paralelo e Regenerativo. No primeiro, o motor a combustão fica desligado e apenas o elétrico é acionado. A condição é ideal para saídas de garagem e momentos em que a tocada é mais leve.

O modo Serial funciona em velocidades de até 60 km/h, onde a demanda ainda é baixa. Nessa condição, o motor a combustão é acionado e atua como um gerador para as baterias do sistema.

Já o modo Paralelo tem três níveis. O Low Speed (baixa velocidade) é para velocidades de 60 a 70 km/h e os motores a combustão e elétricos funcionam conjuntamente; e o High Speed é para velocidades acima dos 70 km/h, e entra em cena a marcha de alta velocidade - aí o motor a combustão traciona as rodas e o elétrico dá suporte em caso de demanda.

Já o terceiro é o Full Power, quando todos os motores são acionados para entregar potência completa e fornecer o desempenho máximo. Nessa condição, até o segundo motor elétrico, que atua apenas como gerador em todas as outras situações, passa a empurrar o carro.

O outro modo de condução é o Regenerativo, que pode ser acionado nas situações em que o motorista quiser recuperar parte da autonomia do conjunto de baterias. Nessa situação, a frenagem do veículo é regenerativa e manda carga para as baterias. O sistema também tem a opção de rodar apenas com um pedal: aí, basta aliviar o acelerador que automaticamente o carro começa a frear e recuperar energia para a bateria.

Com o Haval H6, a Great Wall quer brigar em preço com marcas como Jeep e Toyota. Segundo o CEO Oswaldo Ramos, a marca não vai atuar no segmento de carros premium, mas apenas na faixa central de preços. Em princípio, os dois concorrentes híbridos do Haval H6  no Brasil seriam o Jeep Compass 4X e o Caoa Chery Tiggo 8 Pro Plug-in Hybrid.