A BMW revelou por completo a terceira geração do X1. Agora maior e com visual em sintonia com a nova identidade de estilo da marca, o modelo incorpora também mais tecnologia: ganhou uma versão elétrica. Feito sobre a mesma base UKL2 do antecessor, o novo X1 tem 4,50 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,64 m de altura e 2,69 m de entre-eixos - acréscimos de 6 cm no comprimento, de 3 cm na largura e de 4 cm na altura.
Embora tenha recebido uma série de elementos estéticos da nova identidade visual da BMW, o X1 parece mais uma evolução do antecessor do que uma revolução. Mas a principal boa notícia para aqueles que, como eu, preferiam a linguagem visual antiga da marca, é a ausência da grade frontal de dimensões polêmicas, como a usada no elétrico iX.
De acordo com a BMW, os ocupantes do novo X1 se acomodam em uma posição mais elevada e se beneficiam de um espaço interno maior. O porta-malas também foi ampliado para até 540 litros (505 litros no atual). A terceira geração do SUV incorpora ainda um interior minimalista, quase sem botões físicos e marcado pela presença do BMW Live Cockpit Plus.
O sistema é composto por duas telas de alta resolução, de 10,25 e 10,7 polegadas, que concentram as funções do quadro de instrumentos e do sistema multimídia. Os passageiros podem usufruir ainda de quatro portas do padrão USB-C, e tomadas de 12V no console central e no porta-malas.
De série, o modelo também é equipado com uma câmera interna que monitora a cabine e pode ter as imagens consultadas por meio de um smartphone. O novo BMW X1 ainda pode receber um pacote tecnológico que inclui controlador adaptativo de velocidade de cruzeiro e assistente de manutenção em faixa.
O X1 de terceira geração será lançado com quatro opções de motores 100% a combustão: sDrive18i (1.5 a gasolina de 136 cv, tração dianteira) e xDrive23i (2.0 a gasolina de 218 cv, tração integral, híbrido leve), sDrive18d (2.0 diesel de 150 cv, tração dianteira) e xDrive23d (2.0 diesel de 211 cv, tração integral, híbrido leve). Todos esses propulsores trabalham acoplados a um câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem.
A linha vai incluir ainda duas opções híbridas plug-in: xDrive25e e xDrive30e, que podem rodar até 89 quilômetros no modo emissão zero. A primeira incorpora o motor 1.5 na dianteira e um propulsor elétrico de 109 cv no eixo traseiro, para uma potência combinada de 245 cv). Já o segundo traz o mesmo propulsor 1.5 combinado a um motor elétrico mais forte, para entregar 326 cv.
Mas a grande novidade do novo X1 é a variação elétrica iX1. O conjunto motriz com dois motores elétricos (um em cada eixo) desenvolve a potência conjunta de 313 cv e permite ao SUV acelerar de 0-100 km/h em 5,7 segundos. A autonomia no ciclo WLTP é de 438 quilômetros.
E, pela primeira vez, o X1 poderá receber como opcional o pacote de suspensão esportiva M, que deixa a altura de rodagem do modelo 1,5 cm mais baixa e ainda vem acompanhado de um sistema de direção com um acerto mais esportivo.
Com produção na fábrica de Regensburg, na Alemanha, o novo BMW X1 começa a chegar ao mercado automotivo europeu em outubro. No Brasil, onde a segunda geração é montada na unidade industrial de Araquari (SC), o SUV deve estrear apenas em 2023 - inclusive em sua variante elétrica iX1.
(Por Evandro Enoshita)