O mundo dos hipercarros é cheio de modelos excêntricos, mas que se propõem a entregar - na maioria das vezes - o que os clientes endinheirados pedem. Bom, essa certamente é a proposta do quase "roadster" Pagani Huayra R Evo.
Apresentado pela marca essa semana, o modelo tem teto removível, o que permite que seus dois ocupantes ouçam o ganho de potência do imponente motorzão V12 6.0 aspirado.
Nessa nova configuração, o motor rende 888 cv e consegue girar até uma faixa limite de impressionantes 8.200 rpm — são 38 cv a mais e 200 rotações acima do Huayra R. O torque passa de 76,4 kgf.m para 78,5 kgf.m.
A Pagani precisou fazer uma série de mudanças para chegar nesse resultado. Algumas delas foram a troca do coletor de admissão, um novo ajuste na árvore de cames e uma nova unidade eletrônica de comando.
O roadster usa o mesmo sistema de transmissão, um câmbio sequencial de seis velocidades, feito pela HWA AG. A caixa de engrenagens do sistema pesa apenas 34,4 quilos. Com tudo isso, a velocidade máxima alcançada pelo Huayra R Evo é de 350 km/h.
A parte mecânica ainda foi melhorada com o uso de novos amortecedores eletrônicos e suspensões de duplo braço, feitas em liga de alumínio.
Embora pareça uma mudança de design simples, a versão R Evo precisou receber um reforço no divisor que corta o para-brisa e ajuda a suportar o duto de refrigeração no teto. A peça foi alongada em 10 centímetros.
O Huayra R Evo também recebeu a mesma proposta "codalunga" (cauda longa) de outro Pagani (o Huayra Codalunga), que deixa o veículo mais comprido. Com isso, a asa traseira e o spoiler instalado no para-choque dianteiro também ficaram maiores.
A partir dessas mexidas, a versão com teto removível teve uma melhora considerável de 45% em downforce - a força que empurra o carro contra o chão, que aumenta na mesma proporção da velocidade.
Ademais, o interior do Pagani Huayra R Evo tem bancos esportivos, com cintos de seis pontos, encostos em fibra de carbono e posição de volante customizável (direita ou esquerda).
Mas nada de desfilar pelas ruas... Essa nova versão do Huayra é para uso exclusivo em pistas - nos track days e provas mono ou multimarcas - e levou dois anos para ser finalizada. Até o momento, a Pagani não confirmou quanto o modelo custará para seus clientes endinheirados, mas é certo que será mais que os 2,6 milhões de euros pedidos na versão padrão — R$ 13,9 milhões em conversão direta.