Dacia Bigster dá pistas sobre novo SUV brasileiro
Plataforma, porte e cabine do modelo lançado no Salão de Paris devem ser aproveitados pela Renault no Brasil
Paris, França - A Renault já anunciou oficialmente que vai produzir um SUV inédito no Brasil em 2025. Boas pistas sobre este lançamento podem estar no Bigster, uma espécie de Duster alongado. O modelo desenvolvido pela subsidiária Dacia foi apresentado oficialmente nesta segunda-feira (14), no Salão de Paris.
O SUV de 4,57 metros é 23 cm maior que a nova geração do Duster, que chegou ao mercado europeu há poucos meses. O porte dele é tão chamativo que diversas publicações afirmavam que ele seria um veículo de sete lugares. Nada disso. Estamos falando de um veículo com amplo espaço interno para os passageiros e um bagageiro que pode chegar a 667 litros de capacidade.
É justamente esse um dos trunfos que a Renault pode usar para o modelo que vai fabricar em São José dos Pinhais (PR) a partir do segundo semestre de 2025. O projeto, identificado como R1312, pode ser batizado como “Nevada” ou “Napurna”, nomes recentemente registrados pela Renault no Brasil para o SUV, que deve brigar no segmento de Jeep Compass e Toyota Corolla Cross.
Com 2,70 metros de entre-eixos e 1,71 m de altura, o Bigster promete conforto de sobra até para passageiros mais altos. O modelo é montado sobre a plataforma RGMP, utilizada no Brasil pelo Kardian.
O interior é bastante similar ao do Novo Duster. A expectativa é de que o futuro SUV da Renault mantenha essa linha de design, mas com adaptações pontuais. Seria uma estratégia semelhante à que a montadora empregou no Kardian, cuja base é dos Dacia Sandero e Stepway.
Já o design externo deve ter mais independência. Enquanto o Bigster tem ajustes pontuais em comparação com o Duster, o SUV nacional da Renault deve ter elementos próprios, inclusive com uma carroceria ao estilo cupê, algo que é entregue em modelos como Fiat Fastback e Citroën Basalt.
As opções de motorização do Bigster na Europa são variadas, com três delas sendo híbridas-leves. Todas usam um motor 1.2 turbo em conjunto com um gerador elétrico de 48 Volts. Há ainda uma versão mais potente, de 155 cv, que, embora seja híbrida, não é plug-in, dispensando recarga externa.
No entanto, para o mercado brasileiro, a expectativa é que a Renault use um motor 1.3 turbo de 170 cv, mais adequado às exigências locais. Uma versão híbrida baseada no motor 1.6 SCe também é uma possibilidade, mantendo o foco em eficiência energética sem comprometer o desempenho.
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