A Suzuki acaba de lançar, na Índia, a nova geração do Grand Vitara. O design não causa surpresa: é mais agressivo e imponente que o do antecessor, e bem parecido com o do Toyota Urban Cruiser Hyryder, com o qual compartilha muitos componentes. Mas tem como novidades impactantes duas novas opções de motorização, ambas híbridas.
O carro segue o estilo que virou moda, com faróis abaixo da linha de cintura e luzes de rodagem diurnas (DRLs) bem finas, uma entrada de ar estreitinha junto ao capô e uma grade logo abaixo, com elementos 3D. Na parte inferior do para-choque, que ficou mais rebuscado, surge outra entrada de ar.
Nas laterais o carro exibe acabamentos na cor preta sobre as caixas de rodas e também na soleira da carroceria. O mesmo recurso estético é aplicado também na traseira, na base do para-choque. Mais acima, a tampa do porta-malas é quase reta. E, mais uma vez seguindo uma tendência mundial, um filete de LED conecta as lanternas, que são bem afiladas. Por fim as extremidades da traseira têm luzes auxiliares verticais - algo que ficou meio esquisito, pelo menos nas fotos...
O novo Suzuki Grand Vitara tem 4,34 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,64 m de altura e 2,60 m de entre-eixos - este é o mesmo do agora extinto S-Cross. A plataforma é a Tect Architecture, também conhecida como Plataforma Global C.
Por dentro, o carro é praticamente igual ao Toyota Hyryder, exceto pelas combinações de cores dos acabamentos. A opção para divulgação foi por couro sintético nas cores preta e "burgundy" - uma espécie de vinho quase fosco - aplicados nos bancos, tablier e forros das portas. Mas haverá uma opção totalmente na cor preta e também combinando azul e preto.
A multimídia é centralizada, do tipo flutuante, tem 9 polegadas e é sensível ao toque. Tem o mais recente sistema de infotainment da Suzuki, com mais de 40 funcionalidades e comando por voz. Nas versões mais completas, vem combinada com um painel de instrumentos digital com tela de TFT de 7 polegadas e head-up display.
Outros baratos do novo Grand Vitara são o teto solar panorâmico, os bancos ventilados, o carregador de smartphone por indução, a câmera de 360 graus e as saídas de ar-condicionado para o banco traseiro. Para a segurança, estão a bordo seis airbags, ABS, controle de tração e assistente eletrônico para descida de pirambeiras, entre outros dispositivos.
O carro chega ao mercado indiano com duas opções de motorização. A versão de entrada gtem o sistema Progressive Smart Hybrid, que junta um motor a combustão de 1.5 litro com comando variável a um elétrico de 12 Volts alimentado por uma pequena bateria de 6 Ampéres. Rende potência combinada de 101 cv e torque de 13,5 kgf.m.
A tração é dianteira ou nas quatro rodas e o câmbio, manual de cinco marchas ou automático de seis, com paddle shifters. Aqui vale lembrar que o Toyota Hyryder tem apenas tração dianteira - a Suzuki, portanto, mantém o tradicional sistema batizado de "AllGrip Select System", com quatro modos (auto, sport, snow, e lock) para o Grand Vitara.
A segunda opção é a híbrida "Intelligent Electric Drive". Esta usa um outro motor 1.5 litro, um motor elétrico mais forte e uma bateria maior, que juntos fornecem 114 cv de potência e 14,1 kgf.m de torque. Aqui só há tração dianteira e a transmissão é do tipo CVT, mas também há modos de condução (EV, eco, power, e normal). A bateria garante uma autonomia de 25 quilômetros no modo 100% elétrico.
O novo Suzuki Grand Vitara será produzido pela Toyota Kirloskar na fábrica de Bidadi, Karnataka (na Índia), compartilhando a linha de montagem com modelos da própria Toyota. Na Índia, esse novo Grand Vitara ocupará a vaga do S-Cross, que foi descontinuado por lá inclusive sem a última atualização feita na Europa. Em teoria, a mesma coisa acontecerá no mercado brasileiro.