A Yamaha XTZ 250 Lander sempre teve presença marcante no mercado brasileiro de motocicletas. Mas nunca foi exatamente uma best-seller. Lançada primeiramente em 2007, a moto foi renovada pela última vez em 2019, quando substitui ao mesmo tempo tanto sua "antecessora" quanto a Ténéré 250.
Neste segundo semestre, porém, a Lander resolveu deslanchar e, inclusive, superou a rival Honda XRE 300 em vendas. Em agosto, o modelo da Yamaha encostou na concorrente: somou 2.019 unidades vendidas, pouco abaixo das 2.109 da moto da Honda. Em setembro, tomou a dianteira emplacando 3.217 unidades, contra 2.496 da XRE.
E agora, na parcial de outubro, segue na liderança: já tem 1.952 unidades entregues, contra 1.483 da rival. Os números são da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave).
Segundo a Yamaha, esse crescimento nas vendas se deve principalmente ao aumento na produção do modelo. A Yamaha identificou que havia demanda alta pela moto, mas não conseguia atendê-la.
Em casos como esse, o movimento natural do consumidor é correr para a alternativa - se a moto desejada não está disponível, vai para a segunda opção (no caso, a Honda XRE).
De fato, não é de hoje que é público e notório que a Yamaha só não vende mais no Brasil porque sua capacidade produtiva é relativamente limitada. Principalmente quando comparada à da Honda, cuja fábrica em Manaus deixa uma moto pronta a cada 32 segundos, no fim da linha de montagem.
Ao fazer o "ajuste na linha de produção" - também em Manaus - a Yamaha aplicou a estratégia correta. Afinal, não basta ter a moto no lineup: é preciso que esteja disponível, também, nas concessionárias.
O bom momento da Lander ainda deve durar algum tempo: a moto acabou de ganhar a linha 2023. Não trouxe mudanças mecânicas, mas como sempre vieram novas cores e grafismos - a única novidade, mesmo, são capas protetoras maiores nos garfos telescópicos da suspensão dianteira.
De resto, é a XTZ 250 Lander que conhecemos: motor monocilíndrico injetado, flex e com duas válvulas, que tem 249,5 cm³, 20,9 cv de potência a 8.000 rpm e 2,1 kgf.m de torque a 6.500 rpm (com etanol); câmbio de cinco marchas, secundária por corrente e suspensões altas na frente e atrás - cursos de 22 cm nos garfos e de 20 cm no monochoque - e freios a disco com ABS na frente.
O trio de cores oferecido na linha 2023 é composto pela Competition Blue (azul), que sempre está no portfólio, e as novas Vermelho Fire e Dakar Areia - estas vêm com o grafismo "Lander XTZ 250 1996"O preço está em R$ 23.290.