O destino dos protótipos e carros-conceito

Muitos veículos são criados pelas montadoras para participar de festivais ou Salões. Mas o que acontece com eles depois?

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André Deliberato
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Essa é uma questão mundial. Muita gente deve se perguntar o que acontece com aqueles famosos protótipos ou carros-conceito que são apresentados em feiras, festivais e salões automotivos, como o Mercedes-Benz Vision EQXX, apresentado na segunda-feira (03/02) no CES 2022 de Las Vegas (EUA). Afinal, para onde vão aqueles modelos desenvolvidos justamente para esse determinados eventos?

Antes, vamos entender o que exatamente é um veículo conceitual. Na prática, trata-se de um modelo experimental em que a indústria aplica novos conceitos ou tecnologias para exibição e análise do público. O conceito pode vir a dar origem a um carro de produção em série ou apenas ser utilizado como "exercício de estilo", uma vez que sua fabricação depende muito da aceitação do público.

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Na maioria das vezes, os carros conceituais caracterizam-se pelo desenho mais arrojado e uso de materiais pouco comuns, ou seja, aspectos que não são observados em modelos do dia-a-dia. Também podem apresentar novos motores e tecnologias. Como exemplos, vamos citar Fiat Uno Cabrio, VW Saveiro Rocket e Chevrolet Onix Track Day.

Nissan Vmotion 2.0 Concept carros conceito
Carros conceito têm aspecto futurista e emprego de materiais que não vemos em veículos comuns
Crédito: Divulgação
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O que acontece com os carros-conceito?

Ok, mas e depois da apresentação, o que acontece? Existem basicamente três caminhos. São eles:

1. Coleção

Uma das possibilidades é o fabricante guardar o carro para outras apresentações e também para sua própria coleção. Muitos desses protótipos são arquivados naqueles acervos secretos, que muita gente acredita que existe... Sem nunca ter visto.

A maioria dos carros-conceito tem esse fim. Volkswagen Saveiro Rocket e Taigun Concept, Fiat Uno Cabrio (com motor 1.4 turbo do Punto T-Jet) e Chevrolet Onix Track Day (que usava o antigo propulsor 1.8 Ecotec do Cruze), são exemplos de modelos que terminaram dessa maneira: todos estão devidamente protegidos no valioso QG de seu respectivo fabricante.

Fiat Argo Sting, mostrado no Salão do Automóvel de 2018, está guardado na fábrica da marca em Betim (MG)
Crédito: André Deliberato
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2. Desmonte

Às vezes pode acontecer de o protótipo ser desmontado pelo simples fato de não haver espaço para guardá-lo. Normalmente, acontece quando o conceito é apenas um mock-up - ou seja, um molde em escala real da carroceria inteira, com pintura e rodas, mas sem cabine ou conjunto mecânico.

Apesar disso, a desmontagem demora a acontecer. Vamos imaginar o conceito Fastback, da Fiat, que dará origem a um SUV baseado na picape Toro. Ele foi apresentado no Salão de São Paulo de 2018 e visto em 2019 em uma apresentação em Betim (MG). Mas não tem cabine ou motorização. Com o passar dos anos - e o surgimento de sua versão de produção -, seu destino pode ser o ferro-velho.

3. Venda

Por fim, é muito raro, mas também pode rolar de o carro conceitual ser vendido - em alguns casos vão parar nas mãos de executivos da própria montadora. Mas também podem cair na garagem do consumidor final. Para isso, precisa estar mais perto da fase de produção do que da etapa de estudos - como o Territory "Concept" mostrado pela Ford em 2018, que já era um carro de série.

No documento, eles levam o nome do automóvel que já existe. Normalmente, são edições especiais criadas justamente para determinada feira ou salão: são os modelos com sobrenomes diferentes que entram nessa lista, como Nissan Kicks Pets e Hyundai Creta Diamond, por exemplo.

Territory foi mostrado como "Concept" no Salão de São Paulo 2018, mas era um carro de produção pronto para rodar
Crédito: Ricardo Rollo / WM1
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