O Citroën C4 Cactus deixou oficialmente de ser oferecido pela marca francesa do Grupo Stellantis. A informação foi noticiada no começo da tarde desta segunda (9) pela revista Auto Esporte e depois pela Quatro Rodas. Posteriormente, a informação foi confirmada pela fabricante.
"A Stellantis confirma o fim da comercialização do Citroën C4 Cactus no Brasil. O modelo se tornou referência em ousadia, design e performance, e construiu um legado que será continuado pelos SUVs Basalt e Aircross. Ele segue sendo comercializado nos países importadores", afirma a Citroën.
Isso significa que o C4 Cactus deixa de ser vendido por aqui, mas que sua produção em Porto Real (RJ) continuará por mais algum tempo para atender a países que importam o carro.
Segundo a Fenabrave, as vendas já estavam em nível mínimo: foram 3.674 unidades em 2023 e menos ainda este ano - desde maio, de acordo com a revista, o carro não emplacou mais de 100 unidades por mês.
O C4 Cactus deixou de "fazer sentido" depois que a marca mudou seu formato de operação no Brasil e passou a oferecer carros mais acessíveis, como os três da família C-Cubed (C3, Aircross e Basalt).
Vale lembrar que o C4 Cactus é feito sobre a plataforma PF1 - a mesma usada pelos antigos Peugeot 208 e 2008, cuja produção migrou para a Argentina. Já há algum tempo sua fabricação em Porto Real (RJ) deixou de fazer sentido, pelo baixo número de vendas e por ser o único carro que ainda era feito sobre essa base.
Tem mais: é praticamente certo que o Jeep Avenger será feito na planta carioca e, por mais que seja construído sobre o mesmo conjunto CMP da família de carros da Citroën, é preciso que haja espaço para isso. O Jeep Avenger deve ser lançado no Brasil em 2026.
Ou seja, por mais que a Citroën diga que a produção continuará para os países que importam o SUV, essa fabricação deve ser encerrada muito em breve. Senão não faria sentido tirar o carro de linha do nosso mercado. Com seu fim, "morre" também a fabricação dos motores 1.6 EC5 e 1.6 THP no Brasil.
Links úteis:
O C4 Cactus nasceu com polêmica. No Brasil, foi enquadrado e tratado como SUV. Mas, lá na Europa, onde era oferecido desde 2014 - portanto quatro anos antes de chegar por aqui -, era vendido como hatch.
Abaixo, os pontos de maior destaque do modelo durante esses seis anos (2018-2024):