Omoda e Jaecoo (fala-se “Djeico”) — marcas ligadas à Chery — reuniram jornalistas nesta quinta-feira (21) em São Paulo (SP) para mostrar seus planos para os próximos anos. Omoda e Jaecoo, para quem ainda não conhece, são marcas chinesas ligadas à Chery, embora todas tenham operações distintas.
É como se falássemos sobre a chegada de Peugeot e Jeep em um mercado onde a Fiat já opera — embora não exista uma “Stellantis” no comando do trio de fabricantes chinesas.
A Omoda é planejada para estar em até 40 países até o final de 2024; a Jaecoo, por sua vez, quer estar em 25 nacionalidades diferentes no mesmo período. A meta da dupla de empresas é vender até 1,4 milhão de unidades até 2030.
A Omoda estreia até meados do ano que vem no Brasil com um SUV chamado 5 (ainda em estudo), em versões híbrida-leve e totalmente elétrica — portanto, duas variantes de um mesmo modelo.
E vejam só: o motor da versão MHEV é o mesmo 1.5 turbo usado pelos modelos híbridos da Caoa Chery — Tiggo 5X, Tiggo 7 Pro e Arrizo 6.
Já a configuração EV chega com propulsor totalmente elétrico e com design diferente na parte dianteira, pois a grade é totalmente fechada. Os detalhes técnicos dessa versão ainda não foram revelados pela filial brasileira.
Por fim a Jaecoo deve estrear com um SUV chamado 7 (outra nomenclatura em análise) — lá fora o carro se chama J7 —, que hoje ainda não tem detalhes técnicos, e com outro produto, por ora não revelado. Nenhum deles estava no evento em SP.
Importante dizer que as marcas também afirmaram querer produzir no Brasil. “A decisão está sendo decidida nos próximos dias. Se formos produzir localmente, o público brasileiro com certeza será informado”, afirma Alex Wang, Diretor de Operações da Omoda Jaecoo do Brasil.
Apesar de fazerem parte de um mesmo grupo, as empresas não têm qualquer relação com a Chery aqui no Brasil — que aqui em solo nacional é comandada pela Caoa desde 2017.
A nova dupla trabalhará de forma unilateral — sem que uma seja posicionada de forma superior à outra — e, por conta disso, deve até disputar o mesmo tipo de cliente.
Espere, portanto, por SUVs com preços na faixa dos R$ 250 mil, onde hoje estão os utilitários Yuan e Song, da BYD, e da família H6, da GWM, entre outros.
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