A Jeep apresentou na quinta-feira (5) o novo Wrangler no Brasil e claro que não deixaríamos de lado uma questão muito importante: será que a picape baseada no utilitário, a Gladiator, vem para o Brasil? Há, inclusive, uma versão Rubicon, limitada a 4.190 unidades globalmente, que já é vendida nos Estados Unidos e deve chegar na Austrália em breve. Nesses dois mercados ela compete com a Ford Ranger.
Contudo, no Brasil a principal rival da Gladiator seria a picape da Mercedes-Benz, a Classe X. Segundo Alexandre Aquino, gerente sênior de Marketing e Produto da Jeep, a viabilidade é fator fundamental para trazer a picape do Wrangler para terras tupiniquins: "O preço da versão de entrada partiria de R$ 300.000, o que não achamos interessante para o mercado brasileiro nesse momento", comentou o executivo.
O pior é saber que os concessionários norte-americanos já estão comercializando o utilitário com caçamba, que será entregue aos primeiros clientes no começo de junho e custa apenas US$ 33.545 (R$ 130.000), mais barato que um Renegade Trailhawk comercializado por aqui. Esse valor inicial é da versão Sport, a básica. Isso quer dizer que, com o dólar atual (R$ 3,86 no dia 5 de abril de 2019), a versão de entrada da picape custaria 2,3 vezes mais do que é cobrado nos Estados Unidos.
Se compararmos com a unidade Overland, com os mesmo equipamentos do Wrangler vendido no Brasil, o preço sobe para 40.395 dólares, ou R$ 156.000, o mesmo cobrado por um Jeep Compass Diesel Longitude 4WD nas concessionárias brasileiras.
A capacidade off-road da picape é a mesma do SUV e a versão Rubicon tem as mesmas configurações do utilitário esportivo que desembarca no Brasil no segundo semestre: Rock-Trac com eixos Dana 44 com relação reduzida de 4:1, bloqueio eletrônico Tru-Lok, barra estabilizadora dianteira com desconexão eletrônica, suspensão 5 cm mais alta, pneus lameiros BF Goodrich de 33 polegadas e mais proteção sob a carroceria. Essa versão, a topo da gama, tem preço sugerido de 43.545 dólares (R$ 169.000).