A Pininfarina brinca quando o assunto é lançar carros únicos e exclusivos. Depois do Battista, a marca está perto de mostrar ao público seu mais novo "conversível", o B95. Equipado com os mesmos motores elétricos de assustadores 1.900 cv do cupê, o modelo exibe visual diferente, sem para-brisas, e apenas 10 unidades serão fabricadas.
É isso mesmo: o supercarro tem quase 2 mil cavalos, com eles acelera de zero a 100 km/h em menos de 2 segundos e não tem a convencional proteção frontal. A estrutura é substituída por duas pequenas telas de policarbonato transparentes que parecem "conchas" - uma para motorista e outra passageiro -, muito parecidas com as pequenas "bolhas" usadas nas motos e que servem para desviar o vento.
Essas duas telas são presas a estruturas de alumínio e têm ajuste de altura. Segundo a Pininfarina, foram inspiradas em aviões militares antigos.
Para além do diferencial, o visual do supercarro também atrai olhares por suas proporções. O capô alongado e inclinado, com uma grande saída de ar central, e o para-choque dianteiro dão uma cara incrivelmente imponente para o modelo. Os faróis de LED são sutis e praticamente marcam a conexão entre as duas peças.
As rodas têm pintura na cor preta, com detalhes em branco. Têm 20 polegadas na dianteira e 21 polegadas na traseira. Os retrovisores, por sua vez, têm elementos aerodinâmicos. Os freios de cerâmica e carbono são da Brembo, com discos de 390 mm e pinças de seis pistões pintadas na cor amarela.
O tom, aliás, também está em partes da pintura do carro - na dianteira e também na estrutura da carroceria que acompanha a linha do banco do motorista. O restante do carro é na cor cinza com detalhes em preto brilhante, fosco ou fibra de carbono. Por fim, também há partes em alumínio.
O interior é igualmente chamativo. A cabine do B95 é quase que completamente em couro Tan Sustainable Luxury marrom. Os bancos mesclam esse material com detalhes, na parte dos encostos de cabeça, em tecido estampado preto e branco.
O painel do Pininfarina B95 ainda acomoda três telas: uma dedicada ao painel de instrumentos adicional (à esquerda), a segunda na função de multimídia e uma terceira, central, onde aparecem as informações do computador de bordo.
O conjunto motriz do elétrico é formado por quatro unidades, sendo uma para cada roda. Juntas, elas geram a potência de 1.900 cv e fazem o conversível sem para-brisas acelerar de zero a 100 km/h em 1,86 segundos. A velocidade máxima do supercarro é de impressionantes 300 km/h.
A bateria do elétrico tem 120 kWh e autonomia para rodar por até 476 quilômetros. Há suporte para recargas rápidas de até 270 kWh, com recuperação de 20% até 80% em apenas 25 minutos.
Segundo a Pininfarina, o nome B95 faz alusão à palavra italiana "Barchetta" - termo usado para se referir a um barco pequeno - e o numeral é uma homenagem ao nonagésimo quinto aniversário da fabricante.
A primeira aparição do supercarro aconteceu no Monterey Car Week, que aconteceu entre os dias 8 e 20 deste mês na Califórnia, nos Estados Unidos. Os dez compradores do B95 pagarão 4,8 milhões de dólares (cerca de R$ 23,7 milhões, em conversão direta) para ter o modelo em sua garagem. Não é para qualquer um!