A Kombi teve cerca de 1,6 milhão de unidades fabricadas no Brasil durante os 56 anos de produção ininterrupta. O modelo se tornou um ícone nacional devido a sua versatilidade no transporte de cargas e passageiros, uma vez que foi utilizado em diversos segmentos de serviços.
O nome Kombi é uma abreviação do termo alemão “Kombinationsfahrzeug”, que significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”.
Por utilizar a base mecânica do Fusca, a Kombi sempre foi elogiada por sua robustez e baixo custo de manutenção. As primeiras unidades feitas no Brasil tinham 50% de peças nacionais, e inauguraram a fábrica de São Bernardo do Campo, a primeira da Volkswagen fora da Alemanha. Antes, no começo da década de 1950, a Kombi era importada pelo grupo Brasmotor.
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A primeira Kombi nacional era equipada com motor traseiro refrigerado a ar de 1.2 litro a gasolina, que rendia parcos 30 cv de potência. Durante a sua evolução, o utilitário chegou a ter uma rara versão de passageiros com seis portas (1961). A configuração picape estreou em 1967, com a chegada do motor 1.5 de 52 cv. Já a prática porta lateral corrediça foi adicionada somente em 1997.
A grande mudança veio em 1975, com a segunda geração com para-brisa inteiriço. Esse modelo recebeu diversas mudanças mecânicas com o passar dos anos e foi fabricado até o final da produção do utilitário, em 18 de dezembro de 2013.
Ao longo de sua trajetória no Brasil, a Kombi teve motorização refrigerada a ar com dupla carburação de 65 cv a gasolina e a etanol. Um motor a diesel chegou a ser oferecido, mas não fez sucesso entre os usuários do modelo. A grande mudança mecânica veio em 2006, quando a van teve de trocar o motor boxer refrigerado a ar pelo 1.4 flex com arrefecimento líquido para atender as normas de emissões.
A Kombi brasileira foi descontinuada no final de 2013 por não ser capaz atender a legislação que, desde 2014, exige a instalação de airbags frontais e freios com ABS nos veículos novos comercializados no país. Segundo a Volkswagen, era inviável adaptar os novos equipamentos de segurança em um veículo cujo projeto era dos anos 1950.
Na despedida, o utilitário ganhou a série especial Last Edition, limitada em 1.200 unidades, que saía de fábrica com pintura bicolor, cortinas nas janelas e plaqueta com o número de série.
Após quase oito anos do fim de sua produção no Brasil, a Kombi ainda mantém uma legião de fãs que faz questão de manter a sua memória viva.
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