Todo mundo que gosta de automóvel já deve ter imaginado quais seriam os preços de carros dos anos 80 hoje em dia - ou até mesmo de veículos ainda mais antigos ou mais novos, dos anos 1990, quando o mercado de importação foi aberto pelo então presidente, Fernando Collor de Mello.
Pois hoje vamos listar cinco exemplos de carros que fizeram sucesso na década de 1980 e utilizar dados do Banco Central do Brasil para fazer a conversão direta. Quanto custaria um Fusca, um Opala ou mesmo um carro elétrico da Gurgel? Confira!
No começo do ano de 1985 o salário mínimo era de Cr$ 166.560 (cruzeiros, a moeda da época). O carro mais barato era o Volkswagen Fusca, que custava Cr$ 12.016.576. Para levar o modelo para casa eram necessários 72,1 salários mínimos da época.
Seria como um plano de 72 meses (seis anos) com pagamento de um salário mínimo por mês. Hoje, essa compra equivaleria a 44,9 salários mínimos, que no momento é de R$ 1.212 (praticamente R$ 54.420). Ou seja, um Fusca básico se vendido em 2021 custaria algo próximo desse valor, um pouco menos do que é cobrado por um Renault Kwid ou Fiat Mobi hoje em dia.
O carro de entrada mais barato da Fiat era o Uno, lançado em 1984. A versão mais barata do carrinho da marca italiana era a "S", que custava Cr$ 15.937.220. De acordo com a conversão do Banco Central, eram necessários 95,7 salários mínimos da época para fechar a compra.
Na conta, 95,7 SMs (salários mínimos) de 1985 podem ser convertidos para 59,6 salários mínimos atuais, no valor de R$ 1.212. Isso significa que o Uninho mais barato de 1985 custaria atualmente R$ 72.235.
Agora vamos colocar na lista um dos modelos mais desejados da época, um carro esportivo que teve carroceria de sedã, perua e até cupê - e que para muitos chegou até a ser o muscle car brasileiro. O Chevrolet Opala custava iniciais Cr$ 25.563.162 e a versão mais poderosa, a Diplomata 4.1 (com motor de 6 cilindros) valia Cr$ 48.251.842.
Vamos às conversões. Para ter um Opala "básico", eram necessários 153,5 salários mínimos da época. Hoje em dia, segundo o BC, isso significaria 95,6 SMs. Na conta direta, 95,6 salários mínimos atuais significa R$ 115.870. Já o Opala Diplomata 4.1 pedia 289,7 SMs da época, que na conversão resulta em 180,4 SMs atuais. Na calculadora, o carro zero km, hoje, sairia por R$ 218.644.
Um SUV também precisa estar na nossa lista. Vamos considerar um dos carros mais emblemáticos do Brasil - e um dos modelos mais importantes da história da Toyota - para nossa lista: o Bandeirante. O utilitário mais barato em 1985 era justamente o da versão jipe, que custava Cr$ 30.932.300.
Em valores da época, esse valor significava 185,7 SMs. Hoje, na conversão do Banco Central, isso seria representado por 115,6 SMs atuais, ou seja, R$ 140.110 - praticamente o mesmo preço cobrado pelas versões intermediárias dos atuais SUVs compactos do mercado nacional.
E um carro elétrico desenvolvido por uma empresa brasileira? Vamos a um eletrificado, então, para fechar a nossa lista de atualização de preços de carros. O quinto da nossa lista é o Gurgel Itaipu, van de porte médio da marca de João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Projetado na década de 1970, tinha motor elétrico de 11 cv, foi o primeiro EV feito em série no Brasil e tinha autonomia de 127 km.
Em 1985, a versão vendida do Itaipu era a E500 CS, que custava Cr$ 29.852.000, algo equivalente a 179,2 SMs daquela época. De acordo com a conversão criada pelo BC, isso representaria algo próximo dos 111,6 salários mínimos atuais. Ou seja, o carro elétrico brasileiro poderia ser seu por R$ 135.260. Vale lembrar que hoje em dia o EV mais barato do país é o Renault Kwid E-tech, que custa R$ 142.990.