A Ford Ranger Black chegará com a promessa de mexer com os segmentos das picapes médias e intermediárias. A marca norte-americana confirmou o retorno da versão na noite de segunda-feira (9), ainda sem dar muitos detalhes sobre o produto.
A Ranger Black não voltará ao Brasil para ser apenas mais uma versão da caminhonete fabricada na Argentina. A bruta desembarcará com uma missão muito clara e específica: chamar a atenção – e roubar – os clientes que estão de olho na Ram Rampage, picape intermediária que tem bons números de vendas e chama a atenção pelo design e pela performance.
Ainda não sabemos o conjunto mecânico da Ranger Black, mas as apostas todas estão voltadas para o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv de potência a 3.500 rpm e torque de 41,3 kgf.m a 2.000 rpm, e câmbio automático de seis marchas. Exatamente a mesma dupla que equipa a versão XLS 2.0, mas com uma diferença importante: a Black será 4x2 e a XLS é 4x4
Desta maneira, e com um visual mais invocado e cheio de personalidade, a Ranger Black estaria muito bem armada em termos de performance para encarar as opções diesel da Ram Rampage, que também são equipadas com motor 2.0 turbodiesel de quatro cilindros que gera potência máxima de 170 cv a 3.750 giros e torque de 38,8 kgf.m a 1.750 rotações. A transmissão é automática de 9 velocidades.
Se este cenário que desenhamos se confirmar – e as chances são grandes –, a Ranger Black deverá chegar abaixo da XLS 2.0, que hoje custa R$ 264.490. Ou seja, a nova versão da picape média da Ford terá ter preço na casa dos R$ 260 mil, ou um pouco menos (popular R$ 259.990), acertando em cheio as opções diesel da Rampage, que custam R$ 254.990 (Rebel) e R$ R$ 265.990 (Laramie).
A Ranger Black tem a missão de roubar clientes da Rampage. No entanto, seu objetivo maior é ganhar volume de vendas para incomodar a líder de emplacamentos no segmento das picapes médias, a Toyota Hilux.
Atualmente, a bruta da Ford roda em um mar tranquilo, ainda muito distante da caminhonete japonesa feita na Argentina, mas também não sofre mais a ação da Chevrolet S10, que tem decepcionado nas vendas.
De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a Hilux emplacou 4.730 unidades em agosto e acumula, no ano, 31.771. A Ranger, por sua vez, teve 2.781 picapes vendidas no mês passado, e em 2024 soma 18.231. Claro que a intenção não é ultrapassar a Hilux em 2024, mas encurtar a distância e, quem sabe, brigar pelo "título" em 2025.